Time dos oprobriados cerca os oprobrianos

A vida é simples, passageira, e o que somos? Pequenos microcosmos nesta imensidão estelar. Depois desta tirada filosófica, passo a falar dos opróbrios. Primeiro que acho essa palavra do caralho! Opróbrio é palavra pra rico. Pobre diria desonra, sacanagem, afronta, safadeza, injúria, banda voou, fuleiragem, fofocagem e seus sinônimos mais puxados ao baixo nível.

Opróbrio é o crime de que me acusam na dona justa. Querem que eu pague uma nota preta por ter supostamente ofendido determinada figura. Meu compadre Tião Lucena também está no corredor dos oprobrianos, elementos que usaram o opróbrio contra certas pessoas e estão na passagem estreita e longa, cheia de entradas falsas, de um processo kafcaniano.

Esses conflitos vêm dando dor de cabeça para muito jornalista na Paraíba. Com orgulho e raiva, os oprobriados lascam processos de todo tipo: kafcanianos, trabalhistas, criminais, constitucionais e vingacionais, civis e militares.

O homem é o único ser vivo capaz de mitigar, que é outra palavrinha requintada. Na selva, os bichos comem uns aos outros literalmente. Na civilização, os homens se comem no meio dos papéis processuais e chicanas mil. Mitigar é atenuar a mordida. Tentei por meio de acordo trocar o valor da indenização pela retratação, mas o oprobriado fincou pé: sem grana não tem harmonia.

Tião Lucena gosta de oprobriar certas “otoridades”, que respondem com processos pedindo indenizações por danos morais, “pra cobrir o rombo de suas honras”.

Carregando mais nos opróbrios, Tião lasca: “Jornalistas estão impedidos de exercer a crítica, mesmo suave, porque são levados às barras da justiça e obrigados a pagar sem poderem indenizações a um bando de corruptos salafrários, que posam de vestais, mas não passam de delinquentes engravatados”. Oprobriou geral!

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Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 17/02/2011
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