PUNIÇÃO....
“Se vires em alguma província opressão de pobres, e a perversão violenta do direito e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso. Pois quem está altamente colocado tem superior que o vigia; e há mais altos ainda sobre eles.” Eclesiastes.
Muitos descreem de um julgamento definitivo sob o manto da Lei Moral. Tudo que se faz e passa ao largo do julgamento institucional do homem estaria livre para alçar vôo e viver um céu de impunidade, amplitude temporal, o eterno tempo.
Nada ocorre em vão, assim fosse a vida seria "uma piada". Nossa vida não é uma piada, seria se tudo fosse tão fácil, existir sem ser sob a Lei Moral. Isenção de punição definitiva por faltas e incorreções, desvios exercidos sem a carga das penas humanas.A falta de paz já é pena, subjugar, voracidade em "ter" e nada satisfazer. Isto já é pena, ausência de paz. Leia-se lembrando; o fim de Mussolini, Hitler,Trotsky, Mubarak agora e tantos outros.É uma pena antecedente a outras maiores.
Seria a maravilha, mas "não é maravilha", viver faustosamente por força de desvios reiterados e assim continuar, fazendo punir seus semelhantes sem que para si haja punição . O praticante do mal, principalmente o mal que fere a todos, coletivamente, gozaria de uma aparente “felicidade” pelo acúmulo de bens materiais indevidamente apossados e da opinião opiniosa.
Não há perversão do direito de cada um e da devida justiça distributiva sem retorno eficaz. Basta olhar a sucessão de fatos que encadeiam a ordem universal. Ninguém foi escravo de outrem sem que o escravizador pagasse, como mostra a cadeia de causa e efeito, ainda que histórica.
Mostrada a Cristo a moeda paga aos romanos pelos judeus com a face de Cezar, e intimidado Cristo a dizer se estava certa aquela paga, de forma a criar impasse para os dois lados, disse o Messias, “daí a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus”.
Temos aqui o mais perfeito significado da partilha da qual ninguém escapará; o sentido de justiça, dar a cada um o que lhe é devido.
Nenhuma existência contrária à Lei Moral, mesmo “altamente colocada”, chegou a ser, a realizar o profundo sentido da sua passagem pelo planeta, e já sem paz, por escolher esta jornada, encontrará ao final o desespero que descreve Dante Alighieri em sua Divina Commedia”, “Pois quem está altamente colocado tem superior que o vigia; e há mais altos ainda sobre eles.”