A louca da Escada Rolante
Aconteceu comigo e foi há cerca de quatro anos, quando eu estive em visita a Taubaté, no interior de São Paulo.
Fui visitar meu irmão, que mora lá e, ao retornar para casa, eu, que adoro viajar de avião, e ver as cidades do alto, nunca tinha decolado do Aeroporto de Congonhas.
Resolvi marcar meu retorno por lá. E assim, tudo começou. Primeiro, um ônibus de Taubaté a São José dos Campos, depois, mais um até Guarulhos e de lá um tal de "executivo" para São Paulo. Um entra e sai de ônibus que nem sei. Levo 50 minutos de São Paulo a Curitiba, mas fiquei uma tarde inteira subindo e descendo dos coletivos.
A coisa foi se complicando já na troca de ônibus na rodoviária de São José dos Campos, porque não gostei da atitude do funcionário . Achei que ele foi pouco delicado com minha mala de rodinhas. Chegando no Aeroporto de Cumbica, o motorista foi retirar minha bagagem e notei que a minha mala foi para um lado, e a rodinha para outro, aliás, adeus rodinha, porque ela foi parar no bueiro.
Eu, que sou pavio curto, não sei explicar como fiquei tão calma. Coloquei as malas no carrinho e fui procurar o ponto do ônibus que me levaria até São Paulo.
Dirigi-me calmamente, porém cuspindo fogo pelas ventas, até o balcão de informações, e me ensinaram, desta vez gentilmente, o local exato do ponto do ônibus. Eu deveria apenas descer um andar, dobrar à direita e já avistaria o ônibus. Era só entrar naquele que sinalizava "Congonhas" e pronto, eu estaria segura.
Mecanicamente, eu rumei, com meus pensamentos, para a escada rolante, empurrando um carrinho cheio com as minhas doze malas. Certamente eu pensava em meus filhotes que ficaram em Curitiba, estava há quinze dias longe da minha família e estava louca para vê-los.
Se alguém conseguir, tente imaginar a maluquice... Quando me dei conta, as malas começaram a rolar escada abaixo e eu só tive tempo de gritar para a loura que estava mais abaixo: - Cuidado senhora ! Fiz um strike da loira...As malas foram rolando uma a uma e eu conseguir segurar apenas a minha valise de mão, e salvei meu Myriad* que estava quase cheio... Mas a vaquinha e a galinha d'angola que comprei das Figureiras de Taubaté eu precisei remendar com durepox.
Porém, pior foi passar o vexame de levar uma bronca do Chefe de Segurança da Infraero... Eu estava reduzida a uma barata, com a diferença que não podia escapulir pelo primeiro buraquinho que me aparecesse.
Caí na asneira de contar ao Mário, um amigo advogado que vive em Sampa, e, leiam o e-mail que ele me enviou hoje, quatro anos depois, agradecendo as minhas felicitações pelo nascimento do seu neto (**):
ABRE ASPAS: Uma coisa pretendo ensiná-lo assim que possível : andar em escada rolante. Obrigado por seu carinho. beijos FECHA ASPAS
Pois é, e quando fiz o meu check-in descobri que a minha janelinha dava para a asa do Boeing da Gol... Não vi nada além de uma "luzinha" piscando lá na ponta.
(*) - Miryad > Perfume do Boticário - é o meu preferido....
(**) - Parabéns a toda família! Vida longa e abençoada ao Arthur e beijinhos daqui para ele da Tia Lili
Aconteceu comigo e foi há cerca de quatro anos, quando eu estive em visita a Taubaté, no interior de São Paulo.
Fui visitar meu irmão, que mora lá e, ao retornar para casa, eu, que adoro viajar de avião, e ver as cidades do alto, nunca tinha decolado do Aeroporto de Congonhas.
Resolvi marcar meu retorno por lá. E assim, tudo começou. Primeiro, um ônibus de Taubaté a São José dos Campos, depois, mais um até Guarulhos e de lá um tal de "executivo" para São Paulo. Um entra e sai de ônibus que nem sei. Levo 50 minutos de São Paulo a Curitiba, mas fiquei uma tarde inteira subindo e descendo dos coletivos.
A coisa foi se complicando já na troca de ônibus na rodoviária de São José dos Campos, porque não gostei da atitude do funcionário . Achei que ele foi pouco delicado com minha mala de rodinhas. Chegando no Aeroporto de Cumbica, o motorista foi retirar minha bagagem e notei que a minha mala foi para um lado, e a rodinha para outro, aliás, adeus rodinha, porque ela foi parar no bueiro.
Eu, que sou pavio curto, não sei explicar como fiquei tão calma. Coloquei as malas no carrinho e fui procurar o ponto do ônibus que me levaria até São Paulo.
Dirigi-me calmamente, porém cuspindo fogo pelas ventas, até o balcão de informações, e me ensinaram, desta vez gentilmente, o local exato do ponto do ônibus. Eu deveria apenas descer um andar, dobrar à direita e já avistaria o ônibus. Era só entrar naquele que sinalizava "Congonhas" e pronto, eu estaria segura.
Mecanicamente, eu rumei, com meus pensamentos, para a escada rolante, empurrando um carrinho cheio com as minhas doze malas. Certamente eu pensava em meus filhotes que ficaram em Curitiba, estava há quinze dias longe da minha família e estava louca para vê-los.
Se alguém conseguir, tente imaginar a maluquice... Quando me dei conta, as malas começaram a rolar escada abaixo e eu só tive tempo de gritar para a loura que estava mais abaixo: - Cuidado senhora ! Fiz um strike da loira...As malas foram rolando uma a uma e eu conseguir segurar apenas a minha valise de mão, e salvei meu Myriad* que estava quase cheio... Mas a vaquinha e a galinha d'angola que comprei das Figureiras de Taubaté eu precisei remendar com durepox.
Porém, pior foi passar o vexame de levar uma bronca do Chefe de Segurança da Infraero... Eu estava reduzida a uma barata, com a diferença que não podia escapulir pelo primeiro buraquinho que me aparecesse.
Caí na asneira de contar ao Mário, um amigo advogado que vive em Sampa, e, leiam o e-mail que ele me enviou hoje, quatro anos depois, agradecendo as minhas felicitações pelo nascimento do seu neto (**):
ABRE ASPAS: Uma coisa pretendo ensiná-lo assim que possível : andar em escada rolante. Obrigado por seu carinho. beijos FECHA ASPAS
Pois é, e quando fiz o meu check-in descobri que a minha janelinha dava para a asa do Boeing da Gol... Não vi nada além de uma "luzinha" piscando lá na ponta.
(*) - Miryad > Perfume do Boticário - é o meu preferido....
(**) - Parabéns a toda família! Vida longa e abençoada ao Arthur e beijinhos daqui para ele da Tia Lili