Ame Novamente!
São Paulo, 30/11/2010, ou melhor, para sempre, para nunca morrer nossa cultura!
Numa rua onde brancos, afrodescendentes, índios, estrangeiros e sonhadores passam, ouvi grandes historias. Historias de amor, lamentação, ficção, aventura e angústia. Esta última, como todas as outras, tem grandes minutas, porém uma delas tocou realmente meu coração, meu eu que vive numa constante odisseia entre palavras doces, amargas, convencionais e motivadoras.
Como a maioria dos dramas, esse começa com belos momentos, marcantes até, que vão desde o primeiro beijo, das carícias até o ponto alto do amor. Você deve se perguntar o que têm em comum esses casos e qual é o drama? O drama está na separação. Não falo de pessoas casadas civilmente, desses casos a gente já sabe: pensão alimentícia, partilhas de bens etc. Desta vez quero falar dos namorados, noivos, enrolados e enamorados. Como é difícil esse tipo de separação! Imagine terminar com uma colega de faculdade, ou com a pessoa com quem você trabalha? E se ela ou ele vira seu chefe? O CD que você já achava que era seu, teve que devolver, pois o orgulho falou mais alto? E seu sogro? Você adorava pegar a filha dele e ainda torcer contra o time do coroa e gritar gol na sala e o pior: tudo na frente dele! Legal, não? Deve estar se lembrando do seu último casinho, como também se lembra da cena triste da separação. No caso das meninas, queima de cartão que veio acompanhado daquele belo ramalhete vermelho. Os meninos daquela carteira bacana que ela te deu e você tirou maior onda com os amigos.
Separar de fato toca corações até dos desconhecidos. Quem nunca acabou desabafando com um estranho? Mesmo porque, ele nem te conhece e não vai te julgar. Apenas vai ouvir e tentar de alguma forma te ajudar.
Dessa lição só não podemos desistir de amar, de sonhar, pois vamos sofrer, amando ou odiando... Então, não tem por que acharmos que se guardarmos nosso coração no calabouço da soberba e do medo jamais voltaremos a sorrir.
Sorria e se for o caso ame novamente!
Por: Luciano Bismarck