Filósofo, você conhece algum? (Um Ser de Fases)

O filósofo não tem relação a gênero, logo é indiferente se homem ou mulher, também não é a idade, apesar de ser certo que idade e amadurecimento caminham juntos, porém onde residem as maiores dificuldades quanto a definição do filósofo é quanto a profissão, pois algumas profissões se compatibilizam com a perspectiva do sujeito filosófico, como o Professor, Artista, Pastor ou Padre, General, Político carismático; e atualmente os fabricados pela mídia, Jornalistas e Apresentadores de tv, tais profissões ganham o caráter filosófico não pela inteligência acima da média mas em geral por que são vinculados a seriedade e ao prestigio, algo como o dito popular: “a oportunidade faz o ladrão”, traduzindo num “verbo” mais simples: “a fome e a vontade de comer”, o prestigio ou a fama parece inserir-se nas características do ser filosófico. Neste caso é o evidente numero de seguidores que se lançam às cegas sobre estes ícones que encobrem a possibilidade de elucidação a cerca do ser filosófico.

Porém se analisando os perfis ou fases conforme indicou o texto anterior o avanço significativo foi de duas para três fases, na primeira ele é um ser recluso romântico, niilista um sofredor, na segunda é contraditório, critico, rabugento uma espécie de mau amado, e na terceira ele é então irônico, extraterrestre; logo quando qualquer sujeito atinge uma destas fases, diz-se então que é um filósofo.

A primeira condição para se reconhecer um ser filosófico ou a fase que vive, é o sofrimento, e caso filósofo sofredor não sucumba diante do peso do mundo (como Átila o deus grego que suporta o peso do mundo) que desabará eminentemente sobre ele em razão de sua brusca mudança de valores, pois ele será testado aos limites e sem piedade no jogo social, caso sobreviva terá sua ascensão a segunda fase.

Nesta fase desafiará então a tudo e a todos para ratificar sua perspectiva de mundo e felicidade, porém suas frágeis armas sob a forma de boas idéias não prevalecem diante das armas da propriedade e da posse, que causam danos reais, então sucumbirá eminentemente, podendo ser nesta ocasião ser crucificado, queimado, exilado.

Após esta árdua passagem o filósofo sobrevivente estará em fim em sua terceira fase, fase em que descobre exatamente sobre o que fundamenta suas verdades e como as defenderá, procurando conseqüentemente preservar-se, tanto das dores do mundo, quanto das dores que podem ser causadas pelo mundo, enfim colocará em prática um antigo e conhecido dito popular, “mais vale um cachorro vivo do que um leão morto”.