Amor exigente
Do que adianta ter o mundo aos pés se não se encontra paz naquilo que se tem? O número de seres disponíveis a fazer algo em prol de alguém vai de acordo ao grau de consciência que seus pais receberam e repassaram como sagrado a sua educação.
Portadores de antenas capazes de filtrar a dor, passam para o real via lápis, tintas, artesanato, entalhes em madeira - artes em geral, uma gama de sentimentos explícitos nas relações não correspondidas. Volta e meia, esses sentidos afloram de forma expressamente absurda pois parece pertencer a quem criou uma obra de arte os males de males de saúde/coração que não lhes pertence tamanha empatia empregada em obras geradas pensando em seres identificados na dor de um amor exigente.
Quando falam dele, se esquivam do mundo encontrando na natureza sua fonte de fuga e prazer e não é de admirar que se isolem (ou sejam isolados), pois quem mais suportaria viver doando esperando dos outros reconhecimento? Ninguém. O mais próximo que eu conheço é Jesus Cristo.
Quem sabe, um dia encontraremos novamente esse tipo de pessoa perdido no mundo - anjos da asa quebrada; tem um brilho tão forte que por isso mesmo ficam invisíveis as pessoas, pois não conseguem ser visualizados tamanha luz irradiada em sua passagem. Se você conhecer alguém assim, agradeça aquilo que tem pois a vida é efêmera e não se habita duas vezes um espaço de um vida só.
Manoel Claudio - 01/11/06 - 16:00h
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