RONALDO, O FENÔMENO.
Descem-se as cortinas do espetáculo...Choros, emoções à flor da pele, aplausos...Bis, quem pagaria pra ver mais uma vez?
A lembrança vai permanecer agora somente na memória dos saudosistas que provavelmente em seus comentários nas praças ao final das tardes, citarão o menino de Bento de Ribeiro como o mito, o fenômeno que saiu de cartaz.
A jogada perfeita, o chute com maestria, a arrancada fatal, o gol de placa, tudo agora é cenário de outrora.
O tempo, esse senhor cruel que dita as ordens, impondo a todos o momento de parar, é implacável. Quando se chega aos 45 minutos do segundo tempo, de nada adianta pedir prorrogação, pois a vida ao trilar o apito final, joga pra escanteio os holofotes do show que não pode parar.
As taças, as medalhas, ficarão expostas e empoeiradas na estante e na parede da memória do homem que nos proporcionou muitas alegrias. Por um instante, ao anunciar a sua aposentadoria sai da marca do penalti da mídia, e poucos logo mais se recordarão do que se foi.
“Hoje outros craques repetem a sua jogada; ainda na rede balança o seu último gol;
Mas pela vida impedido parou e para sempre o jogo acabou;
Suas pernas cansadas correram pro nada e o time do tempo ganhou.
Cadê você, cadê você, você passou... Num vídeo teipe do sonho a
história gravou."
FENÔMENO... Agora somente é o google que 30 minutos após a televisão anunciar o fim da carreira de RONALDO, no site de busca já se encontra o resultado como sendo o craque do passado no fantástico show da vida.
- "Cadê você" (trecho da música de Moacir Franco)
PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)