SENTAMO-NOS NUM BANCO E....
Sábado pela manhã resolvi ir à praia para caminhar, mas minha irmã, que estava comigo, não estava muito disposta já que estava recém saída de uma virose.
Sentamo-nos num dos bancos e, em poucos minutos, dona Amélia, uma velha senhora, sentou-se ao nosso lado.
Bem disposta, arrumadinha, com um chapeu, prote-gendo a cabecinha branca, e uma bolsinha com seus documentos. Notava-se que ela queria conversar.
Sempre dou a maior atenção às pessoas idosas porque imagino que devem viver sós e estão necessitando de um ouvido amigo.
Como ela viu que eu estava massageando as costas de minha irmã, ela aproveitou a deixa e disse: deixa que eu faço a massagem. Eu já aprendi de tanto que vou ao hospital para receber esse benefício.
Massageou minha irmã por uns dois minutos e lhe perguntou se ela havia gostado.
- Claro! disse minha irmã, para lhe agradar.
- Ela então disse que tinha 93 anos e tirou a carteira de identidade para me mostrar.
- Ela nasceu em 1929 e tinha, portanto, 81 anos nesse ano de 2011.
- Dona Amélia a senhora é a única mulher que diz que tem mais idade do que realmente tem.
- Ahhhh é? Eu tenho 81? Eu digo pra todo mundo que tenho 93. Eu moro lá naquele edifício rosa, no final da praia e todo dia eu dou essa caminhada.
- Isso é muito bom pra saúde, a senhora faz muito bem.
- Eu tenho 93 anos, quer ver a minha identidade?
Antes que eu pudesse responder ela sacou a iden-tidade do bolso e mostrou-a novamente.
Nos próximos vinte minutos que ficamos papeando ela me disse mais de dez vezes que tinha 93 anos, me mostrou a carteira e disse que morava naquele edifício rosa.
Eu fiquei preocupada. Imaginem se ela esquece onde mora? Isso pode muito bem acontecer. Ou ainda se começa a conversar com alguém de mau caráter, que pode levá-la na conversa. Ela é bem capaz de levar essa pessoa até a sua casa e contar-lhe coisas de sua vida.
Para mim, que não perguntei, ela disse que tinha uma boa aposentadoria, que havia criado os filhos, que tinha muito boa saúde e logo em seguida me disse, como se fosse a maior novidade do mundo, sabem o quê? Que tinha 93 anos e morava naquele prédio rosa no fim da avenida.
Ela lembrava de coisas do tempo de moça, mas a memória recente estava péssima.
- Bom, dona Amélia, agora nós vamos embora. Qualquer dia desses nos encontramos.
- Está bem, quando quiser uma massagem venha nesse horário. Eu tenho 93 anos, mas ainda estou muito bem.
- Deus a proteja nas suas caminhadas e que ela nunca se esqueça do seu endereço.
Sábado pela manhã resolvi ir à praia para caminhar, mas minha irmã, que estava comigo, não estava muito disposta já que estava recém saída de uma virose.
Sentamo-nos num dos bancos e, em poucos minutos, dona Amélia, uma velha senhora, sentou-se ao nosso lado.
Bem disposta, arrumadinha, com um chapeu, prote-gendo a cabecinha branca, e uma bolsinha com seus documentos. Notava-se que ela queria conversar.
Sempre dou a maior atenção às pessoas idosas porque imagino que devem viver sós e estão necessitando de um ouvido amigo.
Como ela viu que eu estava massageando as costas de minha irmã, ela aproveitou a deixa e disse: deixa que eu faço a massagem. Eu já aprendi de tanto que vou ao hospital para receber esse benefício.
Massageou minha irmã por uns dois minutos e lhe perguntou se ela havia gostado.
- Claro! disse minha irmã, para lhe agradar.
- Ela então disse que tinha 93 anos e tirou a carteira de identidade para me mostrar.
- Ela nasceu em 1929 e tinha, portanto, 81 anos nesse ano de 2011.
- Dona Amélia a senhora é a única mulher que diz que tem mais idade do que realmente tem.
- Ahhhh é? Eu tenho 81? Eu digo pra todo mundo que tenho 93. Eu moro lá naquele edifício rosa, no final da praia e todo dia eu dou essa caminhada.
- Isso é muito bom pra saúde, a senhora faz muito bem.
- Eu tenho 93 anos, quer ver a minha identidade?
Antes que eu pudesse responder ela sacou a iden-tidade do bolso e mostrou-a novamente.
Nos próximos vinte minutos que ficamos papeando ela me disse mais de dez vezes que tinha 93 anos, me mostrou a carteira e disse que morava naquele edifício rosa.
Eu fiquei preocupada. Imaginem se ela esquece onde mora? Isso pode muito bem acontecer. Ou ainda se começa a conversar com alguém de mau caráter, que pode levá-la na conversa. Ela é bem capaz de levar essa pessoa até a sua casa e contar-lhe coisas de sua vida.
Para mim, que não perguntei, ela disse que tinha uma boa aposentadoria, que havia criado os filhos, que tinha muito boa saúde e logo em seguida me disse, como se fosse a maior novidade do mundo, sabem o quê? Que tinha 93 anos e morava naquele prédio rosa no fim da avenida.
Ela lembrava de coisas do tempo de moça, mas a memória recente estava péssima.
- Bom, dona Amélia, agora nós vamos embora. Qualquer dia desses nos encontramos.
- Está bem, quando quiser uma massagem venha nesse horário. Eu tenho 93 anos, mas ainda estou muito bem.
- Deus a proteja nas suas caminhadas e que ela nunca se esqueça do seu endereço.