Crônica das quatro estações - Verão
Todos os anos ele chega e nos acorda mais cedo. Inicialmente faz suaves manhãs encimadas por um céu rosa e azulado. Já em novembro cospe fogo pelas ventas e é quando começam os blecautes pelo funcionar incessante de equipamentos para mitigar o calor. Em toda parte se ouve os reclamantes de plantão blasfemando contra a estação mais infernal do ano.
Para sairmos ao sol somos instados a nos equipar de boné e sombrinha com filtro solar, óculos escuros, bloqueadores para a pele e, as mais frescas criaturas, com um leque. Mesmo na cidade a pele arde, o suor escorre, a ira aumenta. Cães e gatos com língua de fora se espalham onde podem, preferentemente no meio da casa. Embora não tenha visto dados estatísticos, sou testemunha de que os índices de agressão entre humanos aumentam nessa época. Até os mais dóceis tendem a assassinar baratas, moscas, ratos e quem mais se apresentar pela frente.
Sou seletiva quanto a filmes no cinema, afinal os ingressos estão pela hora da morte, mas não nessa época! Naquelas salas geladinhas qualquer filme é o Filme! Até porque depois de tanto trabalhar, por mim e por quem está na praia, o cinema é o melhor lugar do mundo para uma boa soneca. Depois repete na televisão.
Na cidade tudo o que possa subir sobe. Com muita gente fora, é a época de subir a passagem, o condomínio, o material escolar... Mas na praia a preocupação é outra. O jornal chegou a promover a enquete do "melhor milho". Querem apurar em qual praia do litoral gaúcho se come o melhor milho?! Juro que é o da panela onde se cozeu no dia pelo menos mil espigas na mesma água encardida! Depois, em abril, será a minha vez e as bandeiras na praia estarão verdinhas, verdinhas...
Todos os anos ele chega e nos acorda mais cedo. Inicialmente faz suaves manhãs encimadas por um céu rosa e azulado. Já em novembro cospe fogo pelas ventas e é quando começam os blecautes pelo funcionar incessante de equipamentos para mitigar o calor. Em toda parte se ouve os reclamantes de plantão blasfemando contra a estação mais infernal do ano.
Para sairmos ao sol somos instados a nos equipar de boné e sombrinha com filtro solar, óculos escuros, bloqueadores para a pele e, as mais frescas criaturas, com um leque. Mesmo na cidade a pele arde, o suor escorre, a ira aumenta. Cães e gatos com língua de fora se espalham onde podem, preferentemente no meio da casa. Embora não tenha visto dados estatísticos, sou testemunha de que os índices de agressão entre humanos aumentam nessa época. Até os mais dóceis tendem a assassinar baratas, moscas, ratos e quem mais se apresentar pela frente.
Sou seletiva quanto a filmes no cinema, afinal os ingressos estão pela hora da morte, mas não nessa época! Naquelas salas geladinhas qualquer filme é o Filme! Até porque depois de tanto trabalhar, por mim e por quem está na praia, o cinema é o melhor lugar do mundo para uma boa soneca. Depois repete na televisão.
Na cidade tudo o que possa subir sobe. Com muita gente fora, é a época de subir a passagem, o condomínio, o material escolar... Mas na praia a preocupação é outra. O jornal chegou a promover a enquete do "melhor milho". Querem apurar em qual praia do litoral gaúcho se come o melhor milho?! Juro que é o da panela onde se cozeu no dia pelo menos mil espigas na mesma água encardida! Depois, em abril, será a minha vez e as bandeiras na praia estarão verdinhas, verdinhas...