Porque escrever? Para quem escrever?
Porque escrever? Para quem escrever?
Lendo alguns textos publicados aqui mesmo no “Recanto das Letras,” fiquei pensando porque e para quem alguém teria escrito tais textos, um destes, na minha modesta opinião, parecia um desabafo de alguém revoltado, alguém que acordou com o pé esquerdo e esbravejava contra o gravíssimo problema das mensagens prontas enviadas pela internet, que também acho um saco, destilando uma raiva desmedida contra as mensagens prontas, texto bem redigido é verdade, mas com uma agressividade latente.
Outro texto que li trazia a marca da redação simplista, um pequeno texto de alguém que parece apenas contar um fato rapidamente, sem dar sua opinião, sem maiores consequências ou comprometimento, a meu ver parecendo dizer:
- o texto está ai, leia se quiser não precisa nem pensar, também não é para rir nem chorar, é só para ler e nem lembrar!
O terceiro texto era denso e profundo, repleto de emoções, um drama, quem lê não consegue ficar indiferente, parecia à narrativa da própria vida do escritor, uma verdadeira ode aos sentimentos.
Porque escrever? Para quem escrever?
Por isso mesmo, para desabafar, emitir opiniões, expor idéias, sentimentos, angustias ou alegrias, desejo de se comunicar, por erros ou acertos, por vício e por virtude, por ódio, amor, por conhecimento, por não saber, por coragem ou por fraqueza, por domínio da língua, apenas rabiscar, para se esconder, para se expor, por prazer ou dor, por tudo, por nada, por necessidade, sem precisar, por solidão ou companhia, por gosto ou desgosto, para que leiam, critiquem, guardem ou esqueçam e até mesmo para expor a própria alma.
Porque escrever? Para quem escrever?