Somos o que temos?
Desde criança somos acostumados, ensinados, compelidos a ter, seja brinquedos, amigos, bens e objetos na maioria das vezes algo que nem queremos ou precisamos.
Fato é que crescemos nos tornamos adultos e com a idéia fixa e formada que devemos sempre ter mais e mais (um melhor emprego, um melhor carro, uma melhor casa... etc.) não é muito incomum vermos pessoas de qualquer classe falar: eu tenho, eu quero; ou ainda o que é meu não abro mão! Pois bem! Questiono por que os homens modernos buscam cada vez mais algo no qual denominamos em nossos dias de qualidade de vida. Cada dia surge uma nova dieta ou formas de se viver voltado ao natural (correntes naturalistas), novas pesquisas direcionadas aos alimentos e novas formas de se viver melhor. Será que no decorrer dos anos os homens esqueceram olhar para si? Penso que buscamos caminhos equivocadas e egoístas, senão vejamos: o que ocorre quando uma pessoa perde algo que julga valioso um ente querido ou passa por uma experiência próxima a isso? é de senso comum que mudam! Começam a enxergar a vida com mais simplicidade com mais cumplicidade com os entes queridos e ver de forma secundária todas as conquistas materiais, devemos observar que ter é da natureza humana faz parte de nossa existência, mas não devemos esquecer ou passar por cima de nós mesmos (do nosso corpo, dos nossos amigos, de nossa família) para atingir os nossos objetivos materiais, a chave para a felicidade e para uma vida saudável não passa pela quantidade de coisas que acumulamos durante os anos nem pelos inúmeros títulos que colocamos em nosso currículo, mas sim pelo equilíbrio que atingimos em busca disto afinal não somos apenas o que temos, mas o também e principalmente os valores abstratos como o amor, a amizade, compaixão e fé que conquistamos neste caminho chamado vida.
Wagner Cabral