O MEC ESCORREGANDO NOVAMENTE

O MEC ESCORREGANDO NOVAMENTE

BETO MACHADO – RIO, 21/01/11

MEC, INEP, ENEM, IDEB, SISU. Juntando tudo isso num grande liquidificador se obterá uma pasta semelhante à da mucosa do nariz da incompetência e o da insensatez. Eu já havia falado sobre esse tema meses atrás, quando da lambança do ENEM. Na época o governo, em fase de transição, preferiu optar por manter a inércia dos agentes responsáveis por aqueles problemas do que renovar os quadros dos órgãos relativos à educação, implantando metodologias e sistemas plenamente exeqüíveis. Selou-se então um acordo de cavalheiros entre o professor Joaquim, o presidente do INEP, e a equipe de transição de governo. O foco desse acordo era a tentativa de consagrar o pretenso sucesso do SISU, criado e coordenado pelo INEP, até que seu presidente entregasse a pasta, não aquela da mucosa do nariz da incompetência e o da insensatez mas a que lhe pudesse habilitar a um cargo superior.

O ano virou, o governo mudou e o SISU não rodou. Pelo menos como deveria: sem anulações indevidas de redações de alguns alunos desafortunados, sem congestionamentos do site do MEC, sem quebra de privacidade de candidatos e vai por aí... A estratégia não vingou... Deu bode na roça, tem que se eliminar o bode. Essa é uma máxima reacionária muito utilizada ainda hoje.

--- Te cuida, bode, já te descobriram.

Os membros do fraquíssimo quadro técnico do departamento de informática do MEC tratem de botar as barbas de molho. Suas INEPtudes deixaram em estado de constrangimento o professor JOAQUIM. Tomara que isso não lhes custe desemprego. Lembram da máxima do bode?

Os ares fisionômicos de aristocrata do nosso DOM ADAD não nos levam a pensar em reacionismo, mas o poder nos põe na mão uma caneta com o peso de um martelo e a avidez de uma serra circular. Aí, salve-se quem puder.

Pessimismos a parte, vamos torcer para que os esforços dos candidatos sejam compensados com a concretização de seus objetivos. Pelo menos já houve uma sinalização por parte dos gestores da Educação Nacional, no sentido de semestralizarem o ENEM, o que diminuiria substancialmente o número de estudantes a prestar o exame, conseqüentemente tornando mais fácil a coordenação e a execução desse mega processo avaliador e seletivo do Ensino Médio Brasileiro.

Roberto Candido Machado
Enviado por Roberto Candido Machado em 09/02/2011
Reeditado em 04/05/2011
Código do texto: T2781344
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