A INVERSÃO DE VALORES
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Já mencionei, por várias vezes, em meus comentários a amigos, uma atitude comportamental, já tradicional, em nossa sociedade: a inversão de valores. Na minha adolescência, nós jovens, ansiávamos por participar do mundo de nossos pais e, para tanto, chegávamos, até mesmo, imitá-los. Hoje, esse procedimento se inverteu: são os pais que imitam os filhos.
Pois é, para minha surpresa, lendo a revista Veja, «dou de cara» com o artigo: Os Limites da Amizade, que vem substanciar o que havia mencionado.
Diz o artigo, que muitos pais e mães vão para as "baladas" com os filhos e chegam a namorar seus amigos/as. Renata Leão, que assina o artigo pergunta: até que ponto isso é normal. Do meu ponto de vista e de meu conceito de família, isso é "anormal". Ou seja, é mais uma banalização, entre tantas outras. Veja o depoimento da bancária paulista Marize Tamaoki, 50 anos: "Fui casada durante mais de duas décadas com o pai de minhas filhas, Mireta, 20 anos, e Daniela, de 28. Quando me separei, em 2003, passei a frequentar, com minhas filhas, academias de ginásticas e baladas. Comecei a ir às danceterias da Vila Olímpia. Na primeira vez, os garotos da idade da Mirela vieram me paquerar. No começo ficava constrangida. Agora já me acostumei e acho ótimo".
Eis alguns trechos de outros depoimentos:
"[...] Foi estranho ver minha mãe com um amigo meu, tatuado e cabeludo, vinte anos mais novo que ela." (Camila, 20 anos)
"[...] Quando Camila quer ficar em casa, não me faço de rogada e saio com as amigas de minha filha. A moçada diz que eu tenho a síndrome de Peter Pan". (Alessandra, 52 anos)
Salve-se quem puder! ®Sérgio.
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Agradeço a leitura do texto e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!