O que é o amor?

Muitos acreditam que o amor vem de uma criatura espiritual superior. Crêem veementemente que a principal demonstração de amor foi dar seu filho como sacrifício por muitos pecadores. Outros pensam que a prova de amor foi a criação de fato. Já outros imaginam que amor é dar oportunidade de crescermos como pessoas, vivendo várias vidas em épocas distintas, aprimorando essas qualidades. Há os que creiam que amor seja um terno sentimento de misericórdia e carinho, ou simples apetite sexual. Em contrapartida, existem os eternos poetas apaixonados que defendam o amor como sendo transcendental e eterno. Um sentimento que supera preconceitos, barreiras culturais, sociais entre várias outras. O conceito mais popular, porém, destaca que amor é caracterizado, em geral, por um forte apego emocional ou formação de um vínculo por alguém ou por alguma coisa que seja capaz ou não de receber este sentimento. Pessoas amam animais, casas, lugares, outras pessoas, dinheiro, objetos antigos, etc. Na filosofia, Platão descreveu o amor como desejo por algo que não se possui. Já no conceito neoplatônico, o amor ganha uma forma mais religiosa ou metafísica.

No campo da psicologia, Robert Stenberg diz que o amor engloba três componentes principais: intimidade, paixão e compromisso. Intimidade é caracterizada pela necessidade de ‘estar perto’. A paixão pode estar associada à atração sexual e o compromisso é a expectativa de que a relação dure para sempre. Na Psicologia, o amor é definido como sendo, não simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado psicológico qualitativamente diferente. Isto porque, "ao contrário do gostar, o amor inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa."

Já para a ciência, o amor está relacionado a descargas de hormônios que causam sensações de bem-estar e prazer, acionados quando encontramos alguém que nos estimule emocionalmente. A ocitocina tem essa função e, não raro é chamada de hormônio do amor. Entretanto, vale ressaltar que este hormônio é produzido até 40% a mais depois do orgasmo. O que nos leva a crer que não precisa necessariamente estar associado ao sentimento, mas, também, ao impulso e relaxamento sexual.

Eu prefiro ficar com a ciência apesar de os artistas aparentemente definirem com mais beleza o amor. Assim sendo, não estranhe sentir-se completamente apaixonado depois de uma transa. O amor não é transcendental nem eterno, aliás, nada em nosso universo é eterno. Vai passar. Filosoficamente, é um desejo daquilo que não se tem e que talvez não se possa ter. Contente-se, pois, se tiver, talvez nem dê tanto valor assim.

Gostaria de acreditar em tudo isso.

Prima
Enviado por Prima em 09/02/2011
Código do texto: T2780834
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