Gato por Lebre
É impressionante como podemos encontrar coisas infundadas à venda por aí. Hoje de manhã, ao olhar as marcas de papel higiênico no supermercado, eu fui obrigada a dar uma gargalhada sonora, pois dentre as ditas-cujas, havia uma que me chamou atenção. O Papel era de cor salmão, com flores em auto-relevo, continha quatro camadas de absorção, era feito de um papel especial importado sei lá de onde e, ainda por cima, tinha aroma de pêssego. Pra que isso tudo? Será que o fiofó reconhece texturas ou cores? Fiquei eu imaginando a felicidade do respectivo ao ser agraciado com tal papel: “Que espetáculo, o papel é Salmão, tem florzinhas! Ou então: Oh, que aroma delicioso de pêssego!” Coisa sem nexo! Pra que tanta frescura num papel higiênico?
Pouco depois, meu filho de cinco anos apareceu na minha frente saltitantemente entusiasmado, pois havia achado o molho perfeito para colocarmos na macarronada! Sabor bolognesa, com pedacinhos de filé Mignon e um toque de manjericão. Eu fui obrigada a dar outra sonora gargalhada, pois o molho maravilhoso era uma lata de comida de gato! Miaaaaauuuuuuu, eu quero ser o gato que vai almoçar aquele banquete, está melhor que o meu molho de carne moída!
Outra aberração que eu presenciei, foi quando eu comprei meu computador. Lá na loja tinha um teclado, que eles tentaram me empurrar à goela abaixo, que custava cinqüenta por cento a mais do valor do que eu realmente paguei. Tudo por causa da tal da reforma ortográfica (o teclado vinha sem trema). Aff! Deixa o trema, não está me incomodando!
E essas aberrações são vistas por toda parte. Os produtos estão cada vez mais “sofisticados” e consequentemente bem mais caros. E muitas vezes ao pensarmos que estamos comprando Caviar, por dentro da latinha tem é uma bela de uma rapadura apelidada com outro nome. É o tal do comprar gato por lebre. E eu imagino que neste caso, o assado não fique nada bom!