O PREÇO DE AMAR

Hoje, vou falar de números, números? Isso mesmo! Decidi me arriscar e correr o risco de falar de uma coisa que não domino e nem entendo muito bem. Eles são 33 milhões espalhados pelos lares brasileiros. O Brasil é o segundo país com o maior número desses seres tão especiais que tornam nossas vidas mais alegres com suas presenças. Acreditem! Eles são versáteis, de vários tamanhos, raças, jeitos, mas sempre carinhosos. Sim, eles são amigos fieis. Isso mesmo estou falando dos caninos, cães ou se preferirem, apenas cachorros. A população de pets é três vezes maior do que a da cidade de São Paulo. O nosso país só perde para os EUA em cães de estimação.

Vindo para o trabalho, encontrei um senhor já de idade e cabelos brancos que caminhava lentamente pelas ruas de Belo Horizonte. E com ele, seu cão de estatura média. Eles estavam ali, um ao lado do outro, no mesmo ritmo, no mesmo compasso e isso me inspirou. Logo pensei. E se pensei porque não realizar? Vim afirmando pra mim mesmo que a crônica de hoje seria sobre a relação homem-cachorro.

Estão pensando o quê? Eu também sou pai. Tenho um lá em casa. Ele se chama "Little" e é um poodle esperto, atentado, uma verdadeira “praguinha”, mas lindo! Está comigo há dez anos. E em todo esse tempo vivemos momentos de pura convivência, troca de energias, passeios descompromissados e claro, muito, mais muito companherismo. Pensando no meu eterno filhote, porque cá entre nós parece que eles nunca crescem não é mesmo? Conclui que realmente era mesmo um bom assunto para o texto. Em um mundo onde tudo se resume a falta de tempo, você tem parado para dar a atenção a ele que sempre está entregue a você. Tem dado amor? Tem arrumado tempo para desfrutar apenas de sua companhia? As coisas estão se perdendo com o tempo e a palavra dos chamados tempos modernos é o “DESUSO”, que antítese não? É preciso saber viver intensamente cada momento como um milagre único de nossas existências.

Não bastando tudo isso que acabei de dizer, antes de chegar ao prédio onde trabalhava no centro da capital mineira, o destino me aprontou mais uma. Sabe quando a gente fica se perguntando. Será um sinal? Uma confirmação? E eu aceitei o aviso! Nem sempre sou assim, digamos obediente. Mas hoje estou mais para os “prós” do que para os “contras”. E no meu caminho surgiu uma nova pessoa, era uma senhora, também já de idade. Parece que quando pronunciou “senhora” e logo depois digo de “idade” seja uma forma de redundância, mas não é o caso. Posso me referir a ela como senhora por simples respeito, por ser mulher e por ser um alguém que não conheço, ou que não tenho intimidade. Os dois personagens citados são realmente senhores e com idades já avançadas. É a experiência adquirida pelo tempo.

A senhora estava no passeio de um prédio (acho que é onde ela mora) com sua cadelinha, percebi que era fêmea pelo laço no cabelo. Elas não caminhavam, estavam paradas. Como que se pintadas em um quadro. Imagens realmente às vezes dizem mais que palavras. Eram três: a senhora, o porteiro e Ela que não sei o nome.

Uma autêntica maltês, de pêlos lisos, finos e cor café com leite clarinho. Uma belezura! Era toda trabalhada em graça, charmosa e em pose ao lado de sua dona. Perceberam a magia? Ela é tão simples que pode passar despercebida. Ao lado! É sempre onde eles estão e querem ficar. Por isso vamos retribuir apenas amando-os!

Diego Santiago
Enviado por Diego Santiago em 08/02/2011
Reeditado em 17/01/2013
Código do texto: T2779419
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