Meu caro poeta, vamos ver se você me entende.
Não acredito em nada que esteja fora de mim. Se a minha religiosidade é grande, minha convicção acompanha.
Não existe Deus fora de mim, mas existe o eterno fogo sagrado dentro de minha alma, e queima forte.
Jesus, admiro como o maior Profeta da Palestina. O que contam os Evangelhos são alegorias belíssimas, mas alegorias.
Foi crucificado, historiadores romanos registraram o fato. Mas por subverter a ordem estabelecida.
Maria com toda certeza existiu. Mas concepções imaculadas são vistas largamente, inclusive na religião egípcia antiga.
Também respeito e digo mais: tenho sua figura entalhada em madeira, peroba do campo, que sacrificou minhas mãos. As goivas e formões machucam mesmo mãos calejadas, quando usamos madeira de lei.
Domina minha sala e com ela converso.
Minha religiosidade é assim, meio estranha.
Vou aproveitar tudo isto e fazer minha crônica de hoje.