Meu caro poeta, vamos ver se você me entende.

Não acredito em nada que esteja fora de mim.  Se a minha religiosidade é grande, minha convicção acompanha.

Não existe Deus fora de mim, mas existe o eterno fogo sagrado dentro de minha alma, e queima forte.

Jesus, admiro como o maior Profeta da Palestina.  O que contam os Evangelhos são alegorias belíssimas, mas alegorias.

Foi crucificado, historiadores romanos registraram o fato.  Mas por subverter a ordem estabelecida.

Maria com toda certeza existiu.  Mas concepções imaculadas são vistas largamente, inclusive na religião egípcia antiga.

 

Também respeito e digo mais: tenho sua figura entalhada em madeira, peroba do campo, que sacrificou minhas mãos.  As goivas e formões machucam mesmo mãos calejadas, quando usamos madeira de lei.

Domina minha sala e com ela converso. 

Minha religiosidade é assim, meio estranha. 

Vou aproveitar tudo isto e fazer minha crônica de hoje.

 


Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 08/02/2011
Reeditado em 08/02/2011
Código do texto: T2779277
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