A VERDADE
A VERDADE
O agora é tão louco e veloz que logo já sendo o futuro, no mesmo instante já é passado. Vivo entre estes três amores, tão calientes que me congelam o coração. É sério, é verdade, afirmo.
O agora, a verdade, é que não o conheço, não conheço a felicidade, nem os meus amores.
A verdade, é que não a conheço. Não me conheço. Não te conheço. Não conheço nem quem vai tentar ler estas variedades, quase verdades, porque não absolutas.
E assim, escrevo e reescrevo esta minha quase estória, sempre sem o H, porque sem eu saber, nada sei, e este é o mistério de não existir verdade nenhuma, nem outra.
Vou repetir, o agora é veloz, e tão louco, mas tão louco, que eu fiz uma terapia, sem pagar a consulta. Because? Nem sei.
Às vezes, quase sempre, falo comigo mesmo, mesmo, repito as frases, sem entender, não entendendo nada, a verdade, te dou as melhores razões para parar de ler esta carta mal endereçada, frases sem contexto, texto sem personalidade, identidade falsa, fases que escrevo, descrevo, copio.
A verdade, nunca saberei.
Nunca me conhecerá.
Nunca te conhecerei.
De verdade.