A VERDADE

A VERDADE

O agora é tão louco e veloz que logo já sendo o futuro, no mesmo instante já é passado. Vivo entre estes três amores, tão calientes que me congelam o coração. É sério, é verdade, afirmo.

O agora, a verdade, é que não o conheço, não conheço a felicidade, nem os meus amores.

A verdade, é que não a conheço. Não me conheço. Não te conheço. Não conheço nem quem vai tentar ler estas variedades, quase verdades, porque não absolutas.

E assim, escrevo e reescrevo esta minha quase estória, sempre sem o H, porque sem eu saber, nada sei, e este é o mistério de não existir verdade nenhuma, nem outra.

Vou repetir, o agora é veloz, e tão louco, mas tão louco, que eu fiz uma terapia, sem pagar a consulta. Because? Nem sei.

Às vezes, quase sempre, falo comigo mesmo, mesmo, repito as frases, sem entender, não entendendo nada, a verdade, te dou as melhores razões para parar de ler esta carta mal endereçada, frases sem contexto, texto sem personalidade, identidade falsa, fases que escrevo, descrevo, copio.

A verdade, nunca saberei.

Nunca me conhecerá.

Nunca te conhecerei.

De verdade.

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 07/02/2011
Reeditado em 07/11/2011
Código do texto: T2778146
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