O Retorno da Águia
Um olhar sobre o Egito moderno
Que a águia é um belíssimo pássaro, quase ninguém duvida. Que tem uma capacidade muito grande de resistência, duvidamos menos ainda. Mas que faz as vezes de fênix... bom, daí já é de se comprovar.
A águia, por ser uma ave de rapina, tem olhos que tudo enxergam, e uma astúcia de dar inveja à raposas.
De cima de um estandarte seguido por guerreiros romanos, a águia viu Júlio César tomar aos poucos o Egito, há milhares de anos atrás. Viu também as furtivas visitas de Marco Antônio à cama da rainha que dividindo suas paixões entre seu governo e o homem que representou uma das tantas traições contra o líder divino romano, preferiu à morte a ver a ruína de seu império. E viu Otávio sendo obrigado a casar-se com a prima Otávia, e Brutus dando a punhalada de misericórdia no próprio pai.
De dentro das medalhas que reluziam no uniforme dos oficiais do exército alemão, a águia viu nações serem dizimadas por uma doença irremediável: o desejo pela supremacia. Viu muçulmanos e judeus jogados todos no mesmo balaio de gatos a serem mortos pelos dobermanns do furher. Viu um bunker e seus habitantes sendo destruídos pelo orgulho de nunca serem pegos pelo inimigo... que ironia. Inimigo que vinha acompanhado de uma outra águia...
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