Texto para uma noite de queda.
Sangrou o canto da boca.
Na queda,
O paladar reconhece o gosto doce
Do sangue.
Lambeu o novo corte sem dizer nada. Mais tarde, irritou-se com a articulação imobilizada. Adiou a execução de alguns dos seus planos. Passou a divagar sobre a perfeição das posições anatômicas humanas. Sentia-se incomodado ao andar, tentar dormir ou sentar no seu trono. Em nada mais pensou.
Alexandre Menezes
Sangrou o canto da boca.
Na queda,
O paladar reconhece o gosto doce
Do sangue.
Lambeu o novo corte sem dizer nada. Mais tarde, irritou-se com a articulação imobilizada. Adiou a execução de alguns dos seus planos. Passou a divagar sobre a perfeição das posições anatômicas humanas. Sentia-se incomodado ao andar, tentar dormir ou sentar no seu trono. Em nada mais pensou.
Alexandre Menezes