EXORCIZAR DEMÔNIOS. MALDADE.
Padre Vieira, o maior orador sacro de todos os tempos, exorcizava os demônios mandando que deles nos afastássemos e pontificava: “a omissão é o pecado que com mais facilidade se comete e com mais dificuldade se conhece”, e rematava, “o que com facilidade se comete e com dificuldade se conhece, raramente se emenda”.
E ensinava “os excessos dos maus obram contra a razão, por isso são viciosos e vãos”.
Não se deve sentar na mesma mesa onde se senta a negatividade, a maldade, deve ser a bíblia de todos e Vieira assim sinalizava.
Devemos querer o convívio dos bons embora sejamos todos absolutamente imperfeitos, mas não seremos melhor, sentados na mesa onde se senta o mal, a energia negativa, esse deve ser nosso princípio.
A energia negativa, estando presente, transmite seus fluxos e fluídos baixos, em qualquer lugar ou espaço onde não se mostra toda, logo que está centrada sempre na escuridão, movimenta-se nas sombras, esgueirada, maliciosa, chegando sorrateira, indefinida para não ser descoberta, com centro e núcleo de tudo no “phatos”, o excesso do grego.
Tem olor acre de vícios, se abriga dos olhos de todos para se esconder dela mesmo, furta o sorriso que não tem, combate a alegria, seu cenho está sempre fechado, cerrado, preparada para armar mais uma falsidade, mais uma maldade, não há reforma para a maldade, como ensina Padre Vieira, mesmo visitada pelas asas do bem que não deixa rastros, só para a normalidade existencial.
A grande razão de deixar um pequeno registro de minhas produções amenas, diletantes e lúdicas nesse espaço, nas horas tranquilas, ultimamente com bastante frequência, é o bom convívio mesmo sem conhecer os convivas, onde desconheço maldades.
Por vezes a veemência com o que ajuízo como errado é forte, vezo e cacoete em defender princípios; sou rigoroso com o rigor quando tratamos de correção na vida em geral, atitudes, condutas, por isso considero pouco a atividade política, teria que apontar como corre em minhas veias os crimes formais, qualificando-os, já que de mim conhecidos, e expondo seus autores que circulam pelo país, e quem é competente para apontá-los e não o faz. Não o faço, não me compete, nem como jornalista que não sou.
Não sou perfeito, não somos perfeitos, tenho absoluta consciência de minhas imperfeições e faltas, integralmente, e peço, rezo e me arrependo diariamente de todas, sou um pecador, mas tenho um direito basilar, como todos temos, e devemos exercê-lo sempre quando necessário em qualquer ocasião e espaço em nossas vidas, devemos sempre sentar na mesa onde se encontre a bondade, ou pelo menos que a maldade nos seja desconhecida, com ela não devemos conviver, devemos nos abster desse convívio, devemos nos afastar se ela surgir, como ensinou Vieira. Mas devemos sempre apontar a maldade quando é flagrante, não se trata de julgar como advertiu Mateus para não fazê-lo, se cuida de constatar.