O Capeta de Itabira
Muitos com certeza poderão assustar. Saiu na revista “O Cruzeiro” dos anos sessenta a seguinte manchete “O Capeta de Itabira”.
A revista “O Cruzeiro” foi a mais importante revista brasileira durante varias décadas.
Uma equipe de reportagem deslocou-se do Rio de Janeiro para registrar fenômenos sobrenaturais que acontecia em nossa cidade.
Assim foi o tal relato.
Em certa manhã em uma residência localizada no bairro do Pará próximo ao Capim Cheiroso aconteceu uma seqüência de fenômenos sobrenaturais.
Objetos eram arremessados de uma hora para outra em varias direções.
Latas de mantimentos caiam das prateleiras, copos de vidros eram quebrados e cacos de vidros se espalhavam-se por todos os cantos.
Colchões e roupas de cama transformavam-se em cinzas em um piscar de olhos.
A população curiosa superlotava as ruas para ver de perto o tal fenômeno.
Gritos e barulhos estranhos ouvia-se nas emediações.
Era uma correria no momento em que iniciava a movimentação dentro da residência.
Muitos atribuíam o tal fenômeno como manifestações satânicas.
Os lideres religiosas da época observavam com muita cautela aqueles acontecimentos. Algumas vezes compareciam ao local para fazer orações.
No bairro do Campestre precisamente na Avenida Cauê aconteceu fenômeno idêntico.
Lembro-me muito bem que o tal episódio durou um bom tempo.
Naqueles dias não íamos a Escola. Ficávamos em vigília em frente da residência aguardando o momento da tal manifestação.
Levávamos balaios de pasteis e doces para vender para as pessoas que não arredavam o pé da Rua.
A presença do Padre Jose Lopes dos Santos era rotineira naquela residência.
Assim que o Padre chegava, o silencio era geral.
Todos os curiosos ficavam na expectativa do confronto do Padre com o Demo.
As orações do Padre eram proferidas em Latim, ninguém entendia nada.
Água benta era jogada nos cômodos da casa.
Naqueles dias diversos casos sobrenaturais forma relatados aos repórteres por pessoas antigas.
Lembro-me que Itabira viveu momentos tenebrosos