PELO CAMINHO DAS PEDRAS
 


 
Quando vi no meio do jardim aquela reprodução de um riacho de límpidas águas correntes com o fundo recoberto de seixos, não resisti. Tirei as sandálias e pus meus pés lá dentro. Sob o sol do meio dia foi deliciosa a sensação refrescante. Comecei a caminhar, achando que seria muito fácil. Doce ilusão. As pedras pequenas cutucavam, provocando desequilíbrio. As maiores pareciam suaves, mas nem sempre eram. A cada dois ou três passos eu dava gritinhos de dor ou então soltava gargalhadas, caçoando do meu próprio desajeitamento. Achava que ia cair. E se acontecesse, já imaginou?... Ui, ui, ui, além do mico, que dor! Em vez de completar o trajeto, não passei da terça parte. Desisti. Mesmo assim, logo percebi os efeitos positivos da empreitada. Já secos fora da água, meus pés pareciam leves e renovados. É que em cada pedacinho da planta dos pés estão os pontos de todos os nossos órgãos, até mesmo nos dedos (artelhos). Se durante a caminhada sobre as pedras algum lugar doer mais forte, é que temos problemas. Para saber qual é, devemos olhar o mapa dos pés. 

 
Eu já sabia que massagear os pés faz bem, tanto com as mãos ou uma bolinha de tênis, mas não conhecia essa técnica do ‘caminho dos seixos’. Foi interessante a experiência.
 




imagem:google