BASTA UM PONTO, E VOU LOGO ESCREVENDO UM LIVRO.

Interessante mesmo a vida, certas pessoas queridas escolhem sair de nossas vidas, e até tentam voltar, mas, notamos que não conseguem.

Vi isso de perto, com uma especial amiga, que se afastou a anos atrás.

O "acaso" fez com que nos reencontrássemos de novo, e isso me fez pensar, que ali estava a chave da porta que havia se fechado.

Ledo engano, depois desse encontro inesperado, apenas alguns e-mails foram trocados, e ficou por isso mesmo.

O tempo correu, e a dois meses atrás veio me visitar, e deu-me grande alegria com isso. Fizemos planos, para dali em diante, encontros, cafés e bate papo.

Mas, não foi nem dessa vez, ali mesmo morreu, o que mal havia renascido, nossa especial amizade.

Assim é o viver, há coisas que simplesmente deixam de ser, sem explicação, as pessoas entram e saem de nossas vidas, assim, assim, sem nada mais dizer, como se isso fosse a coisa mais natural a fazer.

E quem é um pouco mais sensível, feito eu, fica sempre a esperar que outro encontro aconteça.

Faz pouco tempo, recebi um pacote pelo correio, ao ler o destinatário, meu coração congelou, pois era de uma querida prima, que a muito tempo não tinha notícias.

Abri com pressa, e lá estavam dois livros. Ela é bibliotecária.

Lá fui eu de novo me entusiasmar, fazer planos. Logo escrevi um e-mail, agradecendo o gentil presente, e assim chegamos a trocar alguns poucos e-mails, pois, depressa secou a fonte do lado de lá. Ela sempre alega falta de tempo.

Alias, essa é a desculpa MÓR da humanidade, a falta de tempo.

Penso que, sempre arrumamos espaço para o que nos é realmente importante.

Acabrunhada, ainda fico quando isso acontece, pois, sonhadora e idealista por natureza, basta um ponto a minha frente, que já imagino um livro inteiro.

Então sempre que algo semelhante me acontece, já fico esperando que laços fortes vão ser restabelecidos, que sentimentos serão fortalecidos. Mas, o tempo me mostra que foi mais uma história que criei para um simples ponto, que surgiu a minha frente.

As pessoas em questão, não viram nesse ponto, a mesma possibilidade de uma história acontecer.

Então o que fazer ? Simples, enfiar a viola dentro do saco, e ir tocar em outro lugar. (como dizia meu avô)

De uma coisa, tenho certeza, já que da atitude das pessoas, não posso ter, preciso mudar essa minha maneira de ser, de com um ponto, ir logo escrevendo um livro.

Lenapena
Enviado por Lenapena em 04/02/2011
Reeditado em 04/02/2011
Código do texto: T2771224