Crônica sem pé nem cabeça
Sob o flamboyant a rosa e a raposa confabulavam. “Faz dois dias que ela não aparece”, disse a rosa. “Creio que é falta de assunto”, acrescentou a raposa olhando cobiçosa para o passarinho pousado logo acima. O passarinho, se fazendo de desentendido, exibiu-se em voo rasante e avisou: “Aí vem ela, a coroca metida à crônica”.
Dizem que tudo dá crônica. O assunto pode ser desde a falta de assunto até os acontecimentos diários. Dizem, também, que todo cronista tem pelo menos uma crônica para falar da própria crônica. Mas não se preocupem. Não falarei da vida efêmera da crônica. Muito menos, que aquele “songa-monga”, com ares de desligado, na verdade está prestando atenção em tudo para depois ao escrever dar sua opinião... Opinião esta que muitas vezes parece a do sabe-tudo ou do "opiniático" como se diz por aqui.
Nada disso. Aqui entra a justificativa para os leitores saudosos dos minúsculos haicais, trovas e poetrix, que ora se deparam com estas e outras vinte linhas. Apenas me dediquei a aprender uma ou duas coisas novas a cada mês. Vale aprender prendas do lar, a fazer artesanato, estudar outro idioma e também as boas letras do nosso português. Assim é que já tentei um cordel, as tais crônicas e a cozinhar.
“Mas você não tem receio de perder os leitores que gostam de entrar e sair correndo, sem perder tempo?!” Perguntou a raposa piscando os longos cílios.
Não. Os leitores de letras breves podem ficar à espreita pra ver se aparece um textinho maneiro. Creio que aqui vem quem gosta de vir. Há até os mais gentis que se dizem saudosos quando a casa esta vazia.
Sob o flamboyant a rosa e a raposa confabulavam. “Faz dois dias que ela não aparece”, disse a rosa. “Creio que é falta de assunto”, acrescentou a raposa olhando cobiçosa para o passarinho pousado logo acima. O passarinho, se fazendo de desentendido, exibiu-se em voo rasante e avisou: “Aí vem ela, a coroca metida à crônica”.
Dizem que tudo dá crônica. O assunto pode ser desde a falta de assunto até os acontecimentos diários. Dizem, também, que todo cronista tem pelo menos uma crônica para falar da própria crônica. Mas não se preocupem. Não falarei da vida efêmera da crônica. Muito menos, que aquele “songa-monga”, com ares de desligado, na verdade está prestando atenção em tudo para depois ao escrever dar sua opinião... Opinião esta que muitas vezes parece a do sabe-tudo ou do "opiniático" como se diz por aqui.
Nada disso. Aqui entra a justificativa para os leitores saudosos dos minúsculos haicais, trovas e poetrix, que ora se deparam com estas e outras vinte linhas. Apenas me dediquei a aprender uma ou duas coisas novas a cada mês. Vale aprender prendas do lar, a fazer artesanato, estudar outro idioma e também as boas letras do nosso português. Assim é que já tentei um cordel, as tais crônicas e a cozinhar.
“Mas você não tem receio de perder os leitores que gostam de entrar e sair correndo, sem perder tempo?!” Perguntou a raposa piscando os longos cílios.
Não. Os leitores de letras breves podem ficar à espreita pra ver se aparece um textinho maneiro. Creio que aqui vem quem gosta de vir. Há até os mais gentis que se dizem saudosos quando a casa esta vazia.