Interrogações do Espírito.

Estou em frangalhos, cá em meus pensamentos, posto que a natureza de minha alma não se dispõe mais em sustentar, toda confusão do meu espírito. Não pode e talvez não se

queira sustentar a cada desvirtuamento desse "menino", que em face de tantos mistérios a se descobrir, resolve agir por desatino. Não quero e também não posso aceitar estes tormentos que vivem ao vagar do tempo, com incessante discurso que ele próprio não o faz ou se o faz é de maneira subjetiva. Meu caro espírito, outrora já fora tão lúcido, no entanto, perdeste toda a convicção dispensada às tuas sublimes decisões, as quais me fazem em te perguntar: - Quem que em nome de ti, impõe às novas decisões? Visto que não andas em razões perfeitas - E quem deixaste frustrar qualquer razão que antes lhe era atribuída? - Responda-me, de pronto: - Quem o faz? Que eu mesmo o desconheço.

É, meu pobre espírito, antes éramos bons amigos, ficávamos juntos a construir sementes que alicerçavam quaisquer fundamentações. Hoje: - Por qual propósito se distanciaste de mim? Não sei se encontraste outros temas a te preocupares ou se no ápice de tudo eu não te fui um bom amigo, mas te confesso sinto tanta falta de ti...

Rio de Janeiro, 11 de Abril de 2003.