SEU PARCEIRO É VHS OU DVD?

Sou terapeuta sexual, tenho uma idade considerável e uma mania de anotar tudo que acontece com meus pacientes. Resolvi expor a vida alguns casais que me procuram, com autorização do paciente, é claro. Tem casos que não dá pra esquecer, como esse caso:

Eram quatro horas da tarde do dia 8 de fevereiro de 2000 quando Maria penetrou no meu consultório, ela tinha um olhar triste, uma cara pálida, semelhança de mulher mal amada. Ela penetrou e eu a cumprimentei, e ela respondeu com um triste sorriso.

Perguntei o que se passava e ela disse que era casada há mais de 30 anos e que estava lá para tentar salvar o seu casamento. Disse que no início do casamento era um mar de rosas, que o marido a pegava de jeito, era sexo por todos os cômodos da casa. Eles ficavam durante horas nus correndo pela casa. Eram fantasias em cima de fantasias. Uma verdadeira loucura.

Mas a alegria de pobre dura pouco, o marido de Maria começou a ter dores na coluna e passaram a fazer somente o necessário, pois o extraordinário era demais. A barriga cresceu, a linda cabeleira de Sansão desceu e o seu amiguinho amoleceu. De modo que relação sexual, o casal só tinha uma vez ao mês e olhe lá. Ela chorava dizendo que fazia um semestre que seu marido não a conhecia no sentido bíblico da coisa.

Mandei que ela tentasse voltar a fazer umas brincadeirinhas com ele, ele disse que já tinha feito e nada. Mandei-a dizer à ele para procurar um urologista. E recomendei que ela procurasse dar um choque nele, dizer coisas do tipo “Se você não mudar, está tudo acabado”. Ela saiu do meu consultório mais aliviada. Seis meses depois ela me encontra e disse que deu o tratamento de choque no marido e que ele decidiu a separação. Ela estava muito feliz, pois estava amando um homem 30 anos mais jovem que ela e esse tinha pressão. Coisa que o marido não tinha.

Constatei que o marido era um homem VHS (Várias Horas de Sexo) e se modernizou para DVD (Deita, Vira e Dorme), pergunto à amada leitora; que tipo seu marido ou namorado é? E você, leitor, que tipo de homem você é? Não me respondam. Brevemente voltarei a escrever mais algumas histórias de alguns pacientes meus.