E ENTÃO O AMOR

Ela foi minha primeira namorada e nela dei meu primeiro beijo apaixonado, e depois daquela tarde chuvosa de outubro passaram-se nove anos.

É bem provável que tenhamos sido felizes na maior parte desses nove anos, e embora ela tenha se tornado a mãe do meu filho, eu sinceramente não me lembro com muita saudade dessa época.

Confesso que é meio estranho dizer isso, já que eu fui realmente apaixonado. Mas hoje posso dizer com toda a certeza que não era amor.

Ela foi minha segunda namorada, e com ela eu tive muitos momentos felizes, e ela estava ao meu lado quando enfrentei uma das maiores dificuldades da minha vida.

E nos quatro anos que passamos juntos fiz muitas juras, e nunca tive vergonha de declarar o que sentia por ela.

Mas hoje, quando olho para trás, apesar de ter sido realmente apaixonado, posso dizer com toda a certeza que não era amor.

Ela foi minha terceira namorada, embora eu devesse chamá-la de anjo. Foi alguém especial, e os quinze anos que nos separavam jamais tiveram qualquer influência em nossa relação.

Pelo contrário. Nos quase dois anos que passamos juntos, nunca houve um desentendimento, uma discussão, uma palavra mais dura. No máximo ela derrubou algumas lágrimas quando percebemos que, sabe-se lá porque, estávamos chegando ao fim.

Foram dois anos de risos, carinhos, muitas coisas boas. Mas hoje posso dizer com toda a certeza que não era amor.

E então veio aquela fria noite junho. E da maneira mais inesperada eu conheci a menina mais encantadora de todas.

Leve, suave, deliciosamente divertida e apaixonante.

Dona do mais belo sorriso, da boca carnuda e rosada mais desejável, da pele mais macia e cheirosa, e dos olhos castanhos e brilhantes que enxergaram o que mais ninguém conseguiu: a minha alma.

Seu beijo é o melhor, e em suas curvas generosas eu me perco, mas também me encontro. Porque foi em seus braços que descobri o meu lugar, e é em sua presença e apenas na sua presença que eu me sinto verdadeiramente feliz, verdadeiramente em paz.

Quando meus dias são vazios e sem graça, sem cor e sem sentido, basta ouvir a sua voz para que tudo se transforme em vida!

Isso mesmo, vida! Essa é a palavra que melhor define como eu me sinto!

Essa menina é a minha vida, é por ela que eu abro meus olhos todas as manhãs, é nela que estão meus melhores pensamentos ao longo do dia, e é ela quem eu peço a Deus em minhas orações quando vou dormir.

Ela não é perfeita. Não quer ser. E nem precisa.

Aliás, ela não precisa fazer nada para ser merecedora do meu amor.

Se eu pudesse escolher mudar alguma coisa nela, qualquer coisa, escolheria mudar coisa alguma. Sequer um fio de cabelo.

A quero exatamente do jeitinho que é.

Admiro seu caráter, seu talento, sua inteligência, seu jeito divertido e até um pouquinho desastrado.

Ah, e como ela é linda! Exuberante, maravilhosa, vivendo o auge da sua feminilidade e sensualidade com seus trinta e poucos anos.

Mais do que especial, ela é única!

E agradeço sempre a Deus por tê-la colocado em minha vida, e por me permitir fazer parte da vida dela.

Neste dois de junho de dois mil e dez completamos dois anos de namoro.

Dois anos de paixão, desejo, carinho, amizade, companheirismo, cumplicidade.

E... sim! Hoje eu posso dizer com toda a certeza que é amor!

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*Nota do autor: 02.Jun.10

Emiliano Porai
Enviado por Emiliano Porai em 02/02/2011
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