O AR

Hoje é dia, é noite, de delirar; de existir, se puder; se o coração não bater mais, explodir de alegria, se viver vale a pena, vivo, e o ar que respiro, que invento, é igual as nuvens que desenho, rein-vento, no céu de meus sonhos; não acabou.

A alegria do momento, se em cada minuto, segundos preciosos, a hora acelerada, degustada, vale a pena comer, tentar, viver, respirar, aérea felicidade, que dure o tempo que durar.

Esta é a hora, neste novo tempo, novas chances, uma nova oportunidade que amanheceu comigo.

Eu não estava surdo, apenas não escutava, não entendia. Eu quase não ouvia, não via ou não sabia. Não era totalmente ainda o final desta estória.

Eu ainda tinha estas linhas imagináveis, quase sempre brancas, nestas folhas, quase sempre imaginadas, onde a palavra se forma, nasce e morre, de geração em geração, é gravada, retalhos de uma gigantesca colcha re-formada neste universo de versos e prosas, como se eu existisse...

O ar, respiração, e o coração, órgão burocrático ou lunático? Apaixonado ou alucinado? Máquina ou sentimento? Ele, doidão, não se cansa de sofrer, correndo atrás de vento, de norte a sul, a respirar o ar de quem só quer conhecer a liberdade, de viver, nesta terra, fogo, água e o ar, que serve a todos, mas no meu coração, só vive quem se apaixona pela vida, independente-mente. Vivo no ar.

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 01/02/2011
Código do texto: T2765641
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