Embaixo da árvore
Há vida embaixo daquelas árvores senhores. Oh! Quão tormentos passastes aquela pobre alma. Aflições ouvidas através do modesto aparelho que liga as vozes distantes. Porém, achou uma graça, pois reviveu seu passado. Grande árvore, úmida, robusta, imensas folhas verdes, chuva branda, guarda-chuva nas mãos, parecia-lhe até que tudo conspirava ao seu favor. Embaixo da árvore o encontro de uma grande paixão. Pois com ele que perdia os seus pensamentos e ações. Na presença dele, uma rocha. Longe dele? Areia. Lembra-se então do amor antigo, desejou até escrever mais, porém, a caneta trêmula já parou por vários segundos, pensando o quanto ainda o ama.