Quem sabe uma hora! Parte I
Um belo dia, após um almoço leve e agradável, só faltava um pouco mais de entretenimento para fechar com chave de ouro, aquela hora tão preciosa.
Geralmente, sempre ficávamos todo aquele tempo, jogando conversa fora, contando piadas, aventuras, proezas, fantasias e sonhos, às vezes, até parecia que uma hora se tornara um segundo, pois eram muitos assuntos para tão pouco tempo.
Cada um queria falar mais que o outro e atrair a atenção de todos os presentes na mesa, num espetáculo de riso e alegria.
Mas naquele dia tudo foi diferente, saímos do ritual e fomos para uma mesa de sinuca, em situação ambígua, pois o objetivo além de mais diversão, também era se fazer notar por aquele rapaz tão esbelto, esguio, forte e atraente que aparecera por aquelas bandas.
Numa tentativa de aproximação, pois aquela poderia ser uma bela chance para iniciar uma boa conversa, e aquelas características tão notáveis, poderiam se tornar um pouco menos relevantes para aquela jovem.
Ela estava envolvida, ou melhor completamente atraída por ele, mas como ser discreta, a ponto de não deixar estampado em sua fisionomia, todo encantamento por ele?
Ele por sua vez, não deixou por menos, não somente a notou como demonstrou todo seu interesse, em situação nada confortável, ele a olhava de cima a baixo, todas as suas curvas eram audaciosa e minuciosamente analisadas e admiradas.
Naquele instante, completamente envolvidos entre olhares e desejo, ela teve que se retirar, pois seu intervalo de apenas uma horinha, já se acabara.
Agora ela teria que aguardar o dia seguinte, e esperar uma nova oportunidade para reencontrá-lo, até aqui ela ainda não sabia sequer seu nome, seu telefone ou seu paradeiro, e ainda ficava a incerteza se no dia seguinte, ele estaria ali no mesmo horário e local, para mais uma vez ela tentar desesperadamente uma nova chance para a tão sonhada primeira conversa e quem sabe algo mais, ou bem mais.