CICLOS DA VIDA
Estou aqui pensando nos ciclos da vida, que nada têm a ver com infância, juventude, maturidade ou velhice. São aquelas fases em que vivemos de um certo modo, perseguimos determinados propósitos, convivemos com algumas pessoas, gostamos de fazer certas coisas, adoramos ir a certos lugares. Nem nos damos conta de que uma rotina se estabelece e é dentro dela que nos sentimos seguros. Andando certinho nos trilhos, temos a impressão de que ela vai durar para sempre. Entretanto, de repente fatores externos começam a interferir. Se for algo grave, a vida tem que dar uma guinada independentemente da nossa vontade. Mas nem sempre é assim. Às vezes são pequenas coisas que saem do lugar, o que nos força a uma rápida adaptação e logo entramos novamente nos eixos. O que percebo, porém, é que de tempos em tempos – períodos mais ou menos longos, que podem variar de alguns anos a uma década – há um pipocar de situações que principiam a desequilibrar aquela ordem estabelecida, ameaçando a nossa tranqüilidade. Lembro perfeitamente de quando ainda estava no primário, talvez com nove ou dez anos, de repente tudo começou a ficar sem graça, meio aborrecido: a escola, as brincadeiras no recreio, as coleguinhas... Não havia nenhum motivo especial, eram apenas sensações. Eu ansiava por alguma mudança e nem sabia qual era. Cheguei a pedir que me mandassem para um colégio interno, vejam só! Meus pais, que tinham passado por esta experiência e dela não guardavam boas lembranças, felizmente conseguiram demolir essa maluquice da minha cabeça. Logo em seguida vieram as novidades com a entrada no ginásio... Além do mais, fomos morar em São Paulo.
Assim é o andar da carruagem, de ciclo em ciclo vamos vivendo e evoluindo. O interessante é que agora (do alto dos meus ‘enta’ ) percebo que eles não são fechados, embora tenhamos a impressão de que aqueles que acabaram ficaram estanques lá no passado. Não. O fio condutor permanece e sempre trazemos conosco algo dos ciclos anteriores, seja na forma de pessoas que nos acompanham, das influências que recebemos, do conhecimento adquirido ou da própria experiência em si. Não trocamos de pele, mas o novo ciclo costuma ser renovador.
Se eu soubesse desenhar ou pintar, faria um quadro da vida em forma de espiral. Com fortes cores, sem dúvida!
imagem:google
Estou aqui pensando nos ciclos da vida, que nada têm a ver com infância, juventude, maturidade ou velhice. São aquelas fases em que vivemos de um certo modo, perseguimos determinados propósitos, convivemos com algumas pessoas, gostamos de fazer certas coisas, adoramos ir a certos lugares. Nem nos damos conta de que uma rotina se estabelece e é dentro dela que nos sentimos seguros. Andando certinho nos trilhos, temos a impressão de que ela vai durar para sempre. Entretanto, de repente fatores externos começam a interferir. Se for algo grave, a vida tem que dar uma guinada independentemente da nossa vontade. Mas nem sempre é assim. Às vezes são pequenas coisas que saem do lugar, o que nos força a uma rápida adaptação e logo entramos novamente nos eixos. O que percebo, porém, é que de tempos em tempos – períodos mais ou menos longos, que podem variar de alguns anos a uma década – há um pipocar de situações que principiam a desequilibrar aquela ordem estabelecida, ameaçando a nossa tranqüilidade. Lembro perfeitamente de quando ainda estava no primário, talvez com nove ou dez anos, de repente tudo começou a ficar sem graça, meio aborrecido: a escola, as brincadeiras no recreio, as coleguinhas... Não havia nenhum motivo especial, eram apenas sensações. Eu ansiava por alguma mudança e nem sabia qual era. Cheguei a pedir que me mandassem para um colégio interno, vejam só! Meus pais, que tinham passado por esta experiência e dela não guardavam boas lembranças, felizmente conseguiram demolir essa maluquice da minha cabeça. Logo em seguida vieram as novidades com a entrada no ginásio... Além do mais, fomos morar em São Paulo.
Assim é o andar da carruagem, de ciclo em ciclo vamos vivendo e evoluindo. O interessante é que agora (do alto dos meus ‘enta’ ) percebo que eles não são fechados, embora tenhamos a impressão de que aqueles que acabaram ficaram estanques lá no passado. Não. O fio condutor permanece e sempre trazemos conosco algo dos ciclos anteriores, seja na forma de pessoas que nos acompanham, das influências que recebemos, do conhecimento adquirido ou da própria experiência em si. Não trocamos de pele, mas o novo ciclo costuma ser renovador.
Se eu soubesse desenhar ou pintar, faria um quadro da vida em forma de espiral. Com fortes cores, sem dúvida!
imagem:google