Muito ajuda quem não atrapalha

Muito ajuda quem não atrapalha

Pedro foi gerente de produtos de uma grande empresa. Muito jovem ingressou na indústria e em pouco tempo foi promovido para a área de marketing.

Teve um chefe cuja eficácia vinha da amizade com o diretor da empresa e das cópias das peças promocionais das filiais de outros países. Era quase nada criativo, mas muito subserviente ao seu chefe.

Proclamava não cometer erros e que tudo que fazia era irrepreensível.

Dos produtos que Pedro gerenciava, dez figuravam entre os mais vendidos e rentáveis de sua divisão. A empresa tinha várias divisões.

Na relação de seus objetivos estava o lançamento de um produto cuja viabilidade foi demonstrada por pesquisa de mercado.

Entre os meios promocionais constava um catálogo, com todas as informações necessárias para o convencimento e uso correto do produto.

Esta peça foi bem elaborada com ajuda de inúmeros profissionais da área. Os textos revisados por consultores contratados para este fim.

Feita a peça, antes de ir para a arte, fotolito e gráfica, foi encaminhada para o crivo do chefe.

Mesmo sabendo que o tempo era exíguo, levou dois dias para a leitura e como se temia não a aprovou.

Pedro guardou a peça que julgava boa para a divulgação do produto e que reverteria em bons resultados de vendas.

Não teve alternativa a não ser fazer outra, utilizando todos os dados da pesquisa modificando apenas os textos.

Uma vez mais, foi recusada e o processo reiniciado.

Após escrever outras quatro, Pedro reapresentou a primeira como sendo inédita.

Por incrível que pareça foi aprovada com elogios.

Isto foi há algum tempo e o gerente de produtos nunca entendeu atitudes como estas que pouco ajudam e muito atrapalham. Nunca soube se o chefe agia assim por ineficiência ou maldade.

Que tal colaborar com todos para o crescimento geral, sem paixões, ciúmes e egoísmos?

Antonio Fernando Ribeiro
Enviado por Antonio Fernando Ribeiro em 29/01/2011
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