O JARDINEIRO INFIEL
Não é fácil arranjar um jardineiro. Nem precisava ser daqueles que têm mão boa para plantas, que adoram ver as florzinhas brotarem. Bastava ser alguém que soubesse capinar, tirar o mato dos canteiros, podar uma árvore. Mesmo assim, a mão-de-obra é escassa. E não é porque o trabalho seja difícil debaixo do sol, quantos rapazes e homens eu vejo trabalhando na construção civil, pendurados lá em cima da obra, carregando tijolos pra lá e pra cá... Talvez seja falta de incentivo (e de cursos) para que aprendam este ofício, que em determinados casos pode se tornar até mesmo arte.
Bem, mas o que eu queria contar é sobre um rapazinho que trabalhou alguns anos aqui. Educado e discreto, ele levava jeito, cuidava bem das plantas, os canteiros estavam sempre bonitos. Um belo dia, porém, sumiu. Pensamos que estivesse doente, procuramos saber e as notícias que tivemos é que estava bem vivo.
Algumas semanas depois ele reapareceu pelas ruas do bairro acompanhado de cachorros. Dos bravos. Todas as manhãs passa em frente da nossa casa e mal nos cumprimenta. Arranjou uma nova ‘profissão’: tornou-se ‘passeador de cães’!
imagem:google
Não é fácil arranjar um jardineiro. Nem precisava ser daqueles que têm mão boa para plantas, que adoram ver as florzinhas brotarem. Bastava ser alguém que soubesse capinar, tirar o mato dos canteiros, podar uma árvore. Mesmo assim, a mão-de-obra é escassa. E não é porque o trabalho seja difícil debaixo do sol, quantos rapazes e homens eu vejo trabalhando na construção civil, pendurados lá em cima da obra, carregando tijolos pra lá e pra cá... Talvez seja falta de incentivo (e de cursos) para que aprendam este ofício, que em determinados casos pode se tornar até mesmo arte.
Bem, mas o que eu queria contar é sobre um rapazinho que trabalhou alguns anos aqui. Educado e discreto, ele levava jeito, cuidava bem das plantas, os canteiros estavam sempre bonitos. Um belo dia, porém, sumiu. Pensamos que estivesse doente, procuramos saber e as notícias que tivemos é que estava bem vivo.
Algumas semanas depois ele reapareceu pelas ruas do bairro acompanhado de cachorros. Dos bravos. Todas as manhãs passa em frente da nossa casa e mal nos cumprimenta. Arranjou uma nova ‘profissão’: tornou-se ‘passeador de cães’!
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