O JOGO DA VIDA

Um campo de futebol.

Duas equipes em campo.

Onze jogadores de cada lado.

Uma bola.

O trio de arbitragem

Os torcedores

E a emoção que se faz neste espetáculo.

Um jogador pega a bola,

Toca para seu companheiro de equipe, que a recebe,

Que toca para um outro companheiro,

Que toca para outro, que chuta ao gol.

Cria-se nesta jogada um momento de esperança e emoção.

Esperança de que a jogada tenha um final feliz para o time que ataca: a concretização do gol.

Esperança de que a jogada tenha um final feliz para a equipe que se defende: a defesa do goleiro.

Esperança e emoção acompanham os jogadores e as torcidas.

E da mesma forma, representa expectativa e apreensão para ambos os times competidores. Nas arquibancadas existe quem torça pela defesa do goleiro e existe quem torça pela marcação do gol. O final da jogada vai representar alegria para um lado e tristeza para o outro. Gol feito ou gol tomado sempre vai representar emoção.

Mas nem sempre uma grande jogada redunda em gol. O atacante faz uma jogada com muita arte. O goleiro faz uma defesa que aos olhos de todos parecia impossível. E aí todos aplaudem. O espírito esportivo é coroado com a magia do grande lance e todos se sentem recompensados.

Assim é a nossa vida. Assim deve ser a vida. A vida é muito parecida com um jogo de futebol.

Imaginemos que a bola é o instrumento que precisamos para atingir o desafio do gol. Imaginemos que para chegar ao gol é preciso treinar antes, é preciso ensaiar jogadas, é preciso ouvir bem a preleção e seguir as orientações do treinador. Mesmo o jogador mais talentoso precisa ter disciplina e ser consciente de que sozinho não vai muito longe.

Imaginemos a frustração do goleiro após sofrer o revés de um gol. Imaginemos a frustração do atacante após desperdiçar uma grande jogada. Imaginemos que o goleiro somos nós. Imagine que o atacante somos nós. Será que o goleiro vai desistir de pegar a bola? Será que o atacante vai desistir de marcar o gol?

E nós, cada um de nós? No jogo da vida como estamos jogando?

Em nossas vidas, muitas vezes nos deparamos com esta realidade. Muitas vezes, estando no caminho certo, nos deparamos com obstáculos e situações adversas. Uma sensação de medo e de fracasso toma conta da gente. Nesta hora, é preciso estar consciente, bem treinado e preparado para não esmorecer. Sofrer o revés de um gol não significa perder o jogo. E assim como em uma partida de futebol, o jogo da vida não acaba no primeiro tempo.

Às vezes, quando fracassamos, significa que é hora repensar, treinar mais, ouvir mais, refletir mais e planejar bem as possibilidades que o jogo da vida oferece. Diferente de uma partida de futebol, o jogo da vida é jogado vinte e quatro horas, todos os dias. Como numa partida de futebol, no jogo da vida devemos buscar sempre a vitória, porem com uma diferença: que ninguém precise sair perdedor. Sem pisar em ninguém, sem explorar ninguém, com muito espírito esportivo, respeito aos direitos dos outros e ajudando para que todos conquistem vitórias. No jogo da vida, a regra fundamental é jogar consciente, jogar com fé, ter ética, disciplina, ser solidário, ser democrático, ser leal e ser justo.

Portanto, devemos concluir: nenhuma vitória acontece por acaso. Nenhum jogo acontece por acaso. Nenhum gol acontece por acaso. Nenhuma derrota acontece por acaso. Se quisermos vencer na vida, temos que lutar. Temos que ter domínio das regras do jogo. Temos que ser perseverantes, determinados e nunca deixar a vaidade subir à cabeça. O caminho é longo, porém prazeroso quando chegamos à vitória. E também: não esqueçamos que no jogo da vida, só se vence quando se joga com muito amor!

Por isso, bola pra frente! O gol está próximo! Vença o seu limite! Acredite em si mesmo! Jogue em equipe, passe a bola, seja comunitário, seja solidário, que o placar vai mostrar o seu nome como grande atleta que ajudou a construir a VITÓRIA DA VIDA.

Obs: Esta crônica é de autoria do dueto:

GIOVANNI AMANCIO DA SILVA / ELIAS J. SILVA