VIVER A VIDA.......AMAR,RAZÃO, CRENÇA.

Viver a vida é caminhar no caminho do meio onde os extremos devem ser visitados com prudência. Diz o aforisma latino , “extrema si tangunt”, os extremos se tocam, e por se tocarem podem dar curtos. Posições extremadas são irracionais por não pesarem os grandes valores pontilhados na vida, nem os riscos de viver no limite, nos extremos, onde posições sectárias mostram a desordem do pensamento, e onde há desordem inexiste serenidade, há mera automatização, surgem os estereótipos da patologia, isto em todas as atividades.

Ninguém medianamente inteligente pode situar o ser humano como ente meramente instintivo, nascimento, acasalamento múltiplo ou não, e morte, o que alguns indevidamente explicitam como nascer, amar e morrer. O que é amar para neurônios com essa projeção limitada pelo conhecimento?

O que seria amar para o instinto? Uma réstea de claridade que não se aclara...amar. É pura hipótese o entendimento sob esta angularidade, contida “pela rama”. Nessa ótica é contexto da espécie animal que desconhece a vida das sensibilidades; amar. Mas esse amor manifestado em equação desordenada é desconhecido, e pior, não é encorpado e vivificado como emoção, vivido enfim, pois é simples aproximação eventual de corpos, o nome disso é sexo, como acontece com animais irracionais. Amor é prazer e admiração, sexo é gozo.

Não há distinção real e normal, é como o calor que conhecemos por já termos sentido frio, o doce em contraste com o amargo, e assim desdobrando pelo simples fato de viver, dessa forma, instintivamente, como animal irracional. Nunca vamos sentir frio sem procurar abrigo, sabendo por racionalidade a razão do frio existir e buscando o equilibrio, nem sorver o que é amargo sem que gostemos do amargor, vamos adocicá-lo. É a distinção entre raciocinar ou não, ser instintivo ou racional. Sabemos a razão dos fenômenos por conhecer a fenomenologia da causalidade, do frio, do calor, do amargo e do doce. E vive-se sem proclamar a desrazão, conhecemos causa e efeito, antecedente e consequente.

Mas que cada qual viva a vida como lhes é facultada por seus dons, abrindo ou não as portas para o real conhecimento.Alguns se apossam dele, outros não, mas vive-se......

Por exemplo, o grande precursor do evolucionismo, Darwin, era agnóstico, pode-se afirmar...pensava, nunca descartou a ideia de Deus e o disse o “Supremo Arquiteto” em sua obra máxima, “ A Teoria Das Espécies”. Kant, do alto de sua genialidade que transformou o mundo pela “razão pura”, mudando o mundo pelo simples fato de “pensar a ideia”, filosoficamente, afirmou: “não posso, nem ninguém, provar o evolucionismo nem o criacionismo”; era também um agnóstico. São posições indemonstráveis como disse Kant aos sessenta e nove anos.

É o caminho do meio, o benefício da dúvida inteligente, que não afirma o que não se pode provar. Quem, com qual condição intelectual poderia afirmar o contrário, diante dessas respeitáveis e gigantes cerebrações (?), somente néscios....incautos, embora seja um direito de liberdade.

Isto é viver a vida, em seus vários estamentos. PENSANDO, raciocinando, racionalmente, como em crenças e no amor, sem radicalismos infundados e incipientes. Olhem em seu entorno e vejam, constatem, os que assim vivem com suas desrazões, VIVEM SÓS, nada têm a oferecer, seus amores são passantes e eventuais, ao que todo mundo tem acesso, pobre ou rico, ignorante ou não, mas não têm amor, nada disso conhecem, mera confusão de avaliação onde se soma uma egolatria sem nenhum mérito, problemática.

De outro passo, suas crenças balançando em abismos sem alicerces, suas vidas sós, verdadeiras não-vidas, sem amor.. E pensam que são felizes. Pensam....viver a vida plenamente, com amor, é outra coisa, ponderar, raciocinar que os extremos a nada levam, só à desrazão, e o amor está acima de tudo, é a força que impulsiona e move toda a natureza, o amor conhecido, não o propalado.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/01/2011
Reeditado em 29/01/2011
Código do texto: T2759344
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