A VOZ DO POVO...

"Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Isso é o que preconiza o artigo 1.º, paragráfo único, da nossa Carta Mágna instituída no ano de 1988.

Inegavelmente,
esse artigo constitucional é cumprido à risca a cada dois anos, tendo sempre como base o programa previsto pelo calendário eleitoral brasileiro e o bem-estar da política partidária nacional e de seus representantes eleitos.

Por conta dessa assertiva constitucional, a voz do povo tende a se fazer representar politica e democraticamente falando, por um período de quatro anos, através dos inúmeros candidatos eleitos, mas isso raramente preenche as necessidades mais prementes do cidadão como um todo.

Como é de praxe, durante o período eleitoral, muitas promessas são feitas pelos candidatos que buscam seus votos a qualquer preço, pleiteando com isso uma “colocação” segura e rentável nos mais variados cargos políticos durante um perído de, no mínimo, quatro anos.

Nossa Constituição, por sua vez, prevê que todos os cidadãos exerçam a sua “cidadania” através do voto, mas se os “representantes eleitos” não fizerem jus a essa confiança que lhes é depositada durante as eleições, esses cidadãos que eles representarão durante certo período pouco poderão fazer para mudar sua situação para melhor.

Blindado pelas manobras da lei, ou por outros meios que a própria razão desconhece, o cidadão comum não tem e parece que nunca terá (se depender da iniciativa “deles”) a mínima competência de cobrar de seus representantes um desempenho satisfatório no seu modo de atuar durante os respectivos mandatos que lhes são atribuídos.

Partindo-se do princípio da aceitação e conformismo que nos é imposto pelo provérbio latino “Vox populi, Vox Dei”, que durante muito tempo tem ensinado ao cidadão comum que “a voz do povo é a voz de Deus”, é bem provável que só com a intervenção Divina é que a voz desse cidadão “esperançoso”, eleitor ou não, seja ouvida algum dia.


Os representantes do povo continuarão sendo eleitos através do voto do cidadão. Isso é lei e eles se prevalecem disso.

A voz do povo continuará sendo a voz de Deus, mas se não houver a intervenção Divina, o mais rápido possível,  no sentido de controlar as manobras e os impulsos político-partidários de uma grande maioria desses representantes eleitos em atividade, a depender do uso do poder advindo da "cidadania" do eleitor, tais representantes continuarão fazendo de tudo para "controlar" a voz e a esperança do povo...