NÓS QUE NOS ODIAMOS TANTO...!
Brasil, meu Brasil ex-brasileiro que está se tornando um país onde o radicalismo totaliza e destrói. Os sem terra, que não sabem cultivá-la, sem tetos, mas que têm tetos , também os sem educação, sem princípios, os sem mais o quê.Enfim, aqui é o país onde o engodo é permitido e a falcatrua oficializada.Não preciso estender-me a procura de atrocidades financeiras. Sudam, Sudene, Banestado, fiscais da máfia, invasão de propriedades privadas, sonegação fiscal, desvio de verbas...E tudo, termina no disse-desdisse.Nunca a democracia portou-se tão passiva com excessos provocados por extremistas que evocam sobrevivência e findam por extrapolar direitos adquiridos por terceiros.Nos meandros da justiça, o que se vê é uma verdadeira anarquia. É de entristecer testemunharmos o judiciário ameaçando greve geral, senadores faltando com respeito ao ministério público.Juros praticados por instituições chegam à barreira do absurdo, e tudo parece legalizado.Consórcios aceitam lance sem efetivação e oficializam o caixa dois, com a devida aquiescência do Banco Central, órgão que deveria fiscalizador.Enquanto isto, cidadãos ordeiros fecham os olhos para este imbróglio pecaminoso.Até onde podemos admitir que certos sindicatos ou grupos armados afirmem que existem mil homens para cada fazendeiro.Guerra declarada? Quem sabe, quem sabe. É certo que existem centenas de milhões de terras devolutas produtivas e improdutivas, o mesmo se estende à iniciativa privada. Mas daí forçar uma situação levando ao caos sem precedente, não cabe aviltar tanto uma nação. Por outro lado à violência urbano sacode em todos os lugares. Fico a pensar onde poderemos nos esconder para não sermos assaltados ou seqüestrados. Este é o país da propina, da bolinha, comissão, caixa dois e recordista mundial em tamanho de pizza que mais vende nas afortunadas rodas da falcatrua.Cá de cima, espio pesaroso, incontido, preso a ideologias e amargurado por esbarrarmos em tantos descaminhos.Já o que o consenso geral determina certo agrado com o descalabro das falsificações.Numa reflexão sugestionada pela gritante situação, digo que não é difícil ser honesto, o impossível é não compactuar com o desordeiro sistema, pois as retaliações vêm quase sempre acompanhadas de morte violenta.Tantos subornos calam até o mais santo dos homens.De acordo com a evolução da raça humana, não vislumbro horizonte negro, não, tudo deverá ser revertido e seremos uma nação agraciada e feliz.Todavia, por enquanto, repito o que bem disse o teatrólogo Flavio Rangel, “seria trágico se não fosse cômico”. Brasil, meu Brasil de bandoleiros!