REENCONTRO

Estou diante do mar primitivo.

Observo o horizonte pensativo.

Recordo meu passado sem atrativo.

Ouvindo o marulho das ondas como lenitivo.

De súbito ao longe eu a vejo.

Minha vontade parece um lampejo,

nesse reencontro que tanto desejo.

De mim, ela, se aproxima e, no rosto a beijo.

EStou muito feliz em te reencontrar

Contigo pode conversar.

Deixa o tempo, todo, passar.

Tendo como testemunha esse mar.

Como estás bem conservada

Não mudaste quase nada

nesta vida sempre atribulada

que nos foi destinada.

Em teus olhos, ainda, existe brilho sutil.

Ostentas um semblante meigo e juvenil.

O tempo com a tua vida foi gentil.

Porque ele passou mas, conservou teu belo perfil.

Mas o tempo continua passando e correndo.

A gente, amar querendo e não querendo.

Por todas as razões sofrendo.

E quase de amor morrendo.

O nosso futuro há de convir.

Uma nova relação, entre nós, poderá surgir.

Sem precisar o amor se prevenir

E sem precisarmos a vida iludir.

Poderá renascer um verdadeiro amor

por nós dois, por toda vida e sem temor.

Deixaremos da nossa vida o tempo dispor

e tudo, no momento certo, deverá se compor.

Não! Por favor, não ficas, assim insegura.

Esse amor não será uma aventura.

Porque eu, por ti, tenho muita ternura,

Peço-te que entendas o que meu coração murmura.

17/03/1991

Haroldo Franco

Haroldo Franco
Enviado por Haroldo Franco em 28/01/2011
Código do texto: T2757753
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.