ACEITAÇÃO DA MORTE EM VARIAS RELIGIÕES
 
       A única morte que tem grandes probabilidades de ser aceita,  é a própria, porque: Com certeza, jamais iremos sentir saudades da ausência de nós mesmos .Gildo G Oliveira
  
  Eu sei, e por ter consciência deste saber, é que me atrevo a escrever sobre tão difícil tema: A Morte Física.  Posso partir da premissa em que falarei da sua inexorabilidade, das conceituações religiosas, ou até quem sabe das filosóficas, mas sempre chegarei na dor, que se fará presente pela ausência sentida do ser amado e na saudade que virá em atrelamento a imponderável “perda”. Em meu conceito de vida e morte, sempre procurei repassar que: Aceitarmos a morte, é reverenciarmos a vida, valorizando-a a cada segundo, a cada dia e a cada acordar.
  Inexorabilidade é a afirmativa do: “Si ne quá non”; da irreversão, e da impossibilidade em tentar mudar. Não aceita contestação. Apenas é, e ponto final. Cabe somente a nós -em nossa ignorância e imperfeição humana- a resignação, a sensação de impotência e a comiseração.
 Quanto as religiões, a polemica é maior, pois todas elas, ao lidarem com a vaidade do Homo Sapiens, criaram conceitos materialistas e sempre usaram e abusaram do medo que ela provocava, continua a provocar e provocará ainda por muito tempo. Isso irá acontecer até o dia em que o Criador se manifestar e afirmar que não criou nenhuma religião; ou não seria o Deus de todos os homens. Ele apenas mandou o filho pródigo para nos mostrar o caminho da luz que existe no amor ao próximo. Deus, sendo a verdade e a ausência total de vaidade, não nos criou apenas para adorá-lo, mas sim para termos a humildade de reconhecer sua sabedoria e bondade. Quer um presente maior, do que viver por algum tempo, mesmo que por um curto período, num paraíso chamado Terra?  Então, basta agradecer-Lhe, pois é o mínimo dos mínimos da gratidão que deveríamos ter para com Ele. O nosso egoísmo faz verdadeiros estragos em nossa passagem por aqui, pois muitas vezes; e não são poucas, preferimos ver alguém que amamos sofrendo dores atrozes, mas não queremos perde-lo. Não valorizamos o tempo de convivência com a mesma moeda da ausência; valores diferentes e sem correção. Afirmamos irresponsavelmente que Deus castiga e até propagamos isso aos quatro ventos. Mas e a Morte? Em muitas das religiões criadas pelo homem é o descanso eterno, a espera do juízo final e, em resumo : o Stand by do corpo, pois ele terá que retornar para ser julgado. Ora isso não tem lógica nenhuma, pois se meu corpo é  imperfeito ,fica claro que não é culpa minha, mas a alma... bem, ai são outros quinhentos!
  A própria espiritualidade, em uma evolução continua, tem se manifestado com grande freqüência através de homens simples e que estão inseridos em diversas religiões. Em nosso seio Espírita Cristão, temos alguns que, aqui no Brasil, são altamente conceituados e suas credibilidades e idoneidades estão devidamente comprovadas: como é o caso do grande decodificador do espiritismo: Alan Kardec, precedido por muitos outros, nos quais entre eles poderemos citar Chico Xavier, Bezerra de Menezes, André Luis, Divaldo Franco, Raul Teixeira e tantos abnegados servidores dos preceitos de Jesus. Destes aqui nominados, apenas dois, tive o privilégio de apertar as mãos: Divaldo e Raul.  Ouvi deles belos ensinamentos e depoimentos. Palavras e expressões que somente alguém dotado com dons mediúnicos poderia saber : A mensagem incontestável  de meu querido filho -já no outro plano, após trágico acidente- para mim e sua mãe, foi de uma veracidade tal em detalhes, que não tenho como colocar uma só virgula de dúvidas, ou interrogações.
   A parte filosófica sobre a morte, deixo aos filósofos, pois sou um espírito primário em busca constante do aprendizado, -o que não deixa de ser uma filosofia de vida- de uma vida que vai além da matéria orgânica; invólucro ou tabernáculo da alma-espírito. Somos pois,espíritos vivenciando uma experiência corpórea- material e não um corpo vivendo uma experiência espiritual.
    Posso ainda invocar os estudos quânticos, as EQM, ou as evidências reencarnatórias, que estão devidamente documentadas e fidedignamente comprovadas, nas mais diversas regiões da terra.
    Com estes simples argumentos, mas com fundamentadas razões, posso afirmar que: a morte não existe, o que existe é uma passagem de transição entre o físico e o espiritual, nada mais do que isso.
  Mesmo assim, vale o mote desta minha crônica: Pois aceitar o inevitável afastamento daqueles que amamos, convivemos, tocamos, beijamos e abraçamos, é  inadmissível a nós que nos tornamos totalmente apegados ao ser fisico mortal, porque mesmo com todos os conhecimentos adquiridos no convívio com os espíritos e espíritas, ainda assim sentiremos a falta da imagem, da presença física, do som da voz, do sorriso e do gargalhar de alegria deles... Por nos sentirem e nos verem felizes!!!
Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 28/01/2011
Reeditado em 12/02/2017
Código do texto: T2756941
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