A sociedade consumidora de Funk
A sociedade consumidora de Funk
Dentre meus deveres como cidadão brasileiro, tenho certeza que a preocupação com a cultura é parte destes deveres. Assim, tenho andado muito preocupado com o aumento de adeptos do gênero musical conhecido como funk. Não reconheço o funk como uma manifestação cultural assim como o Rock, o samba, bossanova, música caipira e outras. Afinal qual o propósito cultural de músicas que fazem apelo sexual, a desvalorização das mulheres, apologia a drogas e o fortalecimento da imagem de que, você vale pelo que tem e não pelo que é. Definitivamente, o funk não é cultura!
Mas não quero discutir sobre este ponto. Minha crônica dessa edição é na verdade um alerta, e o funk é o símbolo para esse assunto. O número cada vez maior de pessoas adeptas a um gênero musical como esse, so nos prova que estamos caminhando a passos largos para uma sociedade cada vez menos seletiva, inteligente e de boa formação cultural. O individuo que se presta ao consumo destas músicas não apenas abre mão de seu crescimento cultural, como contribui diretamente para que tenhamos cada vez mais uma desvalorização de nossa identidade cultural e ate mesmo moral, uma vez que para o funk, as mulheres são ‘’cachorras’’ e vários outros exemplos sobre a falta de respeito e propositos morais disseminados nessas músicas.
O alerta deve ser acionado imediatamente. A sociedade deve rever seus conceitos sobre a censura e onde ela deve ser aplicada. Se você não corrigi o mal se torna cada vez maior. Talvez isso explique o crescimento de adeptos do funk. Não esta na hora de pesarmos o que importa mais? Se queremos leis que não faça censura a nada, ou nossos jovens crescendo ao som de ‘’cachorras popozudas’’. E hora de reavaliarmos nossa postura diante desse câncer da sociedade. Na valorização de uma sociedade rica em cultura, os artistas nunca devem sofrer censura, desde que façam arte; aos demais, cabem avaliações de suas idéias, assim evitamos que qualquer ‘’lixo sonoro’’ tenha repercussão.