Mudança de planos
Condicionada a tomar diariamente duas conduções para ir ao trabalho, hoje mudei a rotina e me dei mal. Ao sair de casa encontrei uma amiga que me ofereceu carona direto ao segundo coletivo, desses que atravessam a cidade, chamados de "T". Logo descemos do carro eu e a filha dela e já entramos no “T”.
Já manhãzinha temperatura alta, calor em excesso, pressão baixa, quando me dei conta já estava passando do ponto onde normalmente “pego” o segundo coletivo. Dei o sinal, desci apressada alguns metros antes, corri para a parada e quando vi entrei no mesmo “T” logo atrás de outras pessoas. Se o motorista percebeu ou não a loucura eu não soube, pois encabulada fui sentar no mesmo banco de antes.
Pensei em quão distraídos seguimos na mesma rotina. Em razão disso fiquei a maquinar como seria se um dia acordássemos e todas as ruas da cidade tivessem mudado de mão. As lombas íngremes em que hoje os carros sobem permitissem a descida, a pista direita mudasse para o sentido da esquerda e vice-versa. Que maravilha! Não satisfeito com esse caos idílico o anjo zombeteiro soprou mais uma ideia em meu ouvido.
Que tal se nós amanhecêssemos com a cabeça virada? Literalmente. Andaríamos de costas, pés virados para trás como o curioso curupira das lendas brasileiras, e poderíamos ver no espelho nossos traseiros. Sem falar que os homens não precisariam virar a cabeça para olhar as “popuzudas” pelas costas. Enfim, hora de descer do ônibus e trabalhar antes que mais diabruras surgissem em minha cabeça.
Condicionada a tomar diariamente duas conduções para ir ao trabalho, hoje mudei a rotina e me dei mal. Ao sair de casa encontrei uma amiga que me ofereceu carona direto ao segundo coletivo, desses que atravessam a cidade, chamados de "T". Logo descemos do carro eu e a filha dela e já entramos no “T”.
Já manhãzinha temperatura alta, calor em excesso, pressão baixa, quando me dei conta já estava passando do ponto onde normalmente “pego” o segundo coletivo. Dei o sinal, desci apressada alguns metros antes, corri para a parada e quando vi entrei no mesmo “T” logo atrás de outras pessoas. Se o motorista percebeu ou não a loucura eu não soube, pois encabulada fui sentar no mesmo banco de antes.
Pensei em quão distraídos seguimos na mesma rotina. Em razão disso fiquei a maquinar como seria se um dia acordássemos e todas as ruas da cidade tivessem mudado de mão. As lombas íngremes em que hoje os carros sobem permitissem a descida, a pista direita mudasse para o sentido da esquerda e vice-versa. Que maravilha! Não satisfeito com esse caos idílico o anjo zombeteiro soprou mais uma ideia em meu ouvido.
Que tal se nós amanhecêssemos com a cabeça virada? Literalmente. Andaríamos de costas, pés virados para trás como o curioso curupira das lendas brasileiras, e poderíamos ver no espelho nossos traseiros. Sem falar que os homens não precisariam virar a cabeça para olhar as “popuzudas” pelas costas. Enfim, hora de descer do ônibus e trabalhar antes que mais diabruras surgissem em minha cabeça.