O PRINCIPIO DA INCERTEZA
O principio da incerteza foi descoberto por Werner Heisenberg em 1927, e se tornou um dos mais importantes postulados da moderna física atômica, mas filosoficamente ele foi exposto por Jesus Cristo há mais de dois mil anos. “ Não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã cuidará de si. ; a cada dia basta o seu próprio cuida-do.”(Mateus, 6;34)
O princípio da incerteza diz simplesmente que é impossível prever com exatidão o que acontecerá no momento seguinte por que, primeiro nós nem sabemos onde estamos no momento em que tomamos consciência do problema, e segundo, nós não sabemos para onde vamos.
Essa é a questão filosófica colocada pelo principio da incerteza. Para sabermos onde queremos chegar seria preciso saber onde estamos. São duas quantificações necessárias para se determinar a nossa posição, em termos físicos, no tempo e no espaço. Mas as experiências feitas até o momento na medição das trajetórias das partículas atômicas mostram que quanto mais precisão se obtém na determinação de uma, perde-se precisão na determinação da outra.
Quer dizer, a trajetória de uma partícula é determinada pelo conhecimento, em um dado instante, da sua posição e da sua velocidade. Mas tanto a posição quanto a velocidade da partícula são variáveis. Ou seja, se estou aqui neste exato momento, no momento seguinte estarei em outra posição do espaço, da mesma forma que a velocidade com que me movo se altera em razão dos obstáculos que encontro no espaço. E nós somos partículas que se movem juntamente com o espaço em que estamos.
Assim, tudo é um eterno vir a ser. É como a estória contada por Bandler e Grinder em um de seus livros clássicos ( Sapos em Príncipes, 1982). A parábola é mais ou menos assim: havia um fazendeiro cujo grande amor era o seu filho único, um rapaz de seus dezoito anos. E sua única riqueza era um belo cavalo baio que era o orgulho da sua fazenda. Um dia o cavalo sumiu. Então vieram os vizinhos para tentar consolá-lo pela perda do seu único bem. “ Que azar”, disseram os vizinhos, “ esse animal era a única coisa valiosa que você possuía, e agora você não tem mais nada”.
“Talvez”, respondeu o fazendeiro. Passados alguns meses, o cavalo voltou e junto com ele veio uma manada de cavalos selvagens. O fazendeiro e seu filho construíram um curral, prenderam e domaram os cavalos e assim ele se tornou dono de uma grande manada de belos animais. Então vieram os vizinhos e disseram: “Mas que sortudo você é. Ontem não tinha nada e hoje é o fazendeiro mais rico da região.” “Talvez”, respondeu o fazendeiro. Alguns dias depois, o seu filho único resolveu dar uma cavalgada com um dos cavalos selvagens e este o derrubou. Ele quebrou uma perna e algumas costelas e teve que ser completamente imobilizado. Lá vieram os vizinhos para dizer: “ Que azar o seu. Se esse cavalo não tivesse voltado com esses animais selvagens, seu filho não teria se machucado.” “Talvez”, respondeu novamente o fazendeiro. No dia seguinte estourou uma guerra e os agentes do governo vieram recrutar todos os jovens da região. Levaram todos os filhos dos fazendeiros da região para a frente de batalha. O filho do fazendeiro, imobilizado em uma cama, foi poupado. E aí vieram os vizinhos. “ Você é realmente um cara sortudo. Se seu filho não tivesse se machucado ele estaria agora na frente de batalha.” “Talvez”, respondeu prosaicamente, o fazendeiro....
Essa estória, se não me engano, é um remake de uma velha parábola da filosofia chinesa, mais particularmente, do Taoísmo. Os taoístas, como se sabe, são naturalistas por excelência. Sua principal sabedoria consiste em acompanhar o ritmo da natureza. Em nenhum sentido procuram interferir nela ou modificá-la. Eles sabem que o homem pertence à natureza e não pode ser apartado dela em nenhuma circunstância. E que tudo que ele faz, até a simples observação, ou até a própria opinião que ele emite a respeito de alguma coisa no mundo, concorre para modificá-lo de alguma forma. Essa, aliás, é das constatações do princípio da incerteza. O observador interfere no comportamento do objeto observado. Assim, só poderíamos mesmo saber o que vai acontecer no universo se estivéssemos fora dele. E tanto quanto se pode admitir, a única entidade que tem essa possibilidade ― observar o mundo sem estar dentro dele ― é Deus. Por isso só ele pode olhar o mundo com olhos de quem verdadeiramente sabe. Nós só podemos conjeturar.
Então, se as coisas são assim, e tudo indica que sejam, pois nesse aspecto filosofia, religião e ciência cantam um terceto bem afinado, o melhor a fazer é aceitar o conselho do mestre. Deixar que o momento seguinte traga o seu próprio cuidado. Afinal, tudo é um eterno talvez....Uma vez mais, Carpe Diem.
O principio da incerteza foi descoberto por Werner Heisenberg em 1927, e se tornou um dos mais importantes postulados da moderna física atômica, mas filosoficamente ele foi exposto por Jesus Cristo há mais de dois mil anos. “ Não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã cuidará de si. ; a cada dia basta o seu próprio cuida-do.”(Mateus, 6;34)
O princípio da incerteza diz simplesmente que é impossível prever com exatidão o que acontecerá no momento seguinte por que, primeiro nós nem sabemos onde estamos no momento em que tomamos consciência do problema, e segundo, nós não sabemos para onde vamos.
Essa é a questão filosófica colocada pelo principio da incerteza. Para sabermos onde queremos chegar seria preciso saber onde estamos. São duas quantificações necessárias para se determinar a nossa posição, em termos físicos, no tempo e no espaço. Mas as experiências feitas até o momento na medição das trajetórias das partículas atômicas mostram que quanto mais precisão se obtém na determinação de uma, perde-se precisão na determinação da outra.
Quer dizer, a trajetória de uma partícula é determinada pelo conhecimento, em um dado instante, da sua posição e da sua velocidade. Mas tanto a posição quanto a velocidade da partícula são variáveis. Ou seja, se estou aqui neste exato momento, no momento seguinte estarei em outra posição do espaço, da mesma forma que a velocidade com que me movo se altera em razão dos obstáculos que encontro no espaço. E nós somos partículas que se movem juntamente com o espaço em que estamos.
Assim, tudo é um eterno vir a ser. É como a estória contada por Bandler e Grinder em um de seus livros clássicos ( Sapos em Príncipes, 1982). A parábola é mais ou menos assim: havia um fazendeiro cujo grande amor era o seu filho único, um rapaz de seus dezoito anos. E sua única riqueza era um belo cavalo baio que era o orgulho da sua fazenda. Um dia o cavalo sumiu. Então vieram os vizinhos para tentar consolá-lo pela perda do seu único bem. “ Que azar”, disseram os vizinhos, “ esse animal era a única coisa valiosa que você possuía, e agora você não tem mais nada”.
“Talvez”, respondeu o fazendeiro. Passados alguns meses, o cavalo voltou e junto com ele veio uma manada de cavalos selvagens. O fazendeiro e seu filho construíram um curral, prenderam e domaram os cavalos e assim ele se tornou dono de uma grande manada de belos animais. Então vieram os vizinhos e disseram: “Mas que sortudo você é. Ontem não tinha nada e hoje é o fazendeiro mais rico da região.” “Talvez”, respondeu o fazendeiro. Alguns dias depois, o seu filho único resolveu dar uma cavalgada com um dos cavalos selvagens e este o derrubou. Ele quebrou uma perna e algumas costelas e teve que ser completamente imobilizado. Lá vieram os vizinhos para dizer: “ Que azar o seu. Se esse cavalo não tivesse voltado com esses animais selvagens, seu filho não teria se machucado.” “Talvez”, respondeu novamente o fazendeiro. No dia seguinte estourou uma guerra e os agentes do governo vieram recrutar todos os jovens da região. Levaram todos os filhos dos fazendeiros da região para a frente de batalha. O filho do fazendeiro, imobilizado em uma cama, foi poupado. E aí vieram os vizinhos. “ Você é realmente um cara sortudo. Se seu filho não tivesse se machucado ele estaria agora na frente de batalha.” “Talvez”, respondeu prosaicamente, o fazendeiro....
Essa estória, se não me engano, é um remake de uma velha parábola da filosofia chinesa, mais particularmente, do Taoísmo. Os taoístas, como se sabe, são naturalistas por excelência. Sua principal sabedoria consiste em acompanhar o ritmo da natureza. Em nenhum sentido procuram interferir nela ou modificá-la. Eles sabem que o homem pertence à natureza e não pode ser apartado dela em nenhuma circunstância. E que tudo que ele faz, até a simples observação, ou até a própria opinião que ele emite a respeito de alguma coisa no mundo, concorre para modificá-lo de alguma forma. Essa, aliás, é das constatações do princípio da incerteza. O observador interfere no comportamento do objeto observado. Assim, só poderíamos mesmo saber o que vai acontecer no universo se estivéssemos fora dele. E tanto quanto se pode admitir, a única entidade que tem essa possibilidade ― observar o mundo sem estar dentro dele ― é Deus. Por isso só ele pode olhar o mundo com olhos de quem verdadeiramente sabe. Nós só podemos conjeturar.
Então, se as coisas são assim, e tudo indica que sejam, pois nesse aspecto filosofia, religião e ciência cantam um terceto bem afinado, o melhor a fazer é aceitar o conselho do mestre. Deixar que o momento seguinte traga o seu próprio cuidado. Afinal, tudo é um eterno talvez....Uma vez mais, Carpe Diem.