A INCRÍVEL "CONFRARIA".

O INCRÍVEL ALMOÇO DA CONFRARIA.

Hoje acontece mais um almoço da incrível “Confraria”. Qual o motivo de ser incrível? Contado o conhecimento dos confrades, temos aproximação como amigos de no mínimo cinquenta anos, todos na faixa da caminhada dos sessentões, todos com saúde plena, alguns com umas “camuecas”, nada significativo.

Amizades de sessenta anos cravados, meu primo do coração, Paulinho, por exemplo, e Jorge Sader, o “turquinho’. Todos amigos comuns, de infância ( desde oito anos) ou os de juventude, estes aproximados aos dezoito/vinte anos.

Há ou não no fato uma singularidade invulgar? Morarem todos na mesma cidade, Niterói, digamos, um bairro do Rio ligado pela ponte em dez minutos (sem congestionamento), muito mais proximo do centro negocial do Rio do que a Barra,esta bem distante do centro, ou mesmo Ipanema e Copacabana e, o principal, estarem unidos sempre até hoje, todos, de alguma forma.

E os da infância têm apelidos singulares, “Marcio Jacaré”, “Carlinhos Bom Perú”, “Paulinho do Sopé”. O meu seria “Lex Esquelets Backer”, que duas lindas lourinhas amigas me colocaram de gozação quando menino ( eu apaixonado por uma delas, Iara) por me exibir como um tarzan, voando nas árvores, um tarzan magro. Os outros nomes, sabemos as razões dos apelidos, nós , “os confrades”, e desimporta dar publicidade. Marcio, alto matemático, economista, elogiado por Mario Henrique Simonsen em laudo judicial que fez a meu pedido, nomeado meu períto; Carlinhos, advogado correto e competente, um intelectual, delegado estadual; Paulinho, meu primo, um esteta da imagem, da fotografia, consultor de investimentos já no ócio, esportista contumaz, a ponto de ir faz pouco tempo ao nordeste de moto, fazendo trail, por estradas vicinais, verdadeira aventura em nossa idade.

Dos amigos da juventude temos “Lutail”, Luciano, o arquivo vivo de Niterói da mulherada, abrindo seus dados somente aos mais íntimos, o “casanova”, silencioso e estratégico como foi, também, no futebol de praia, sutil e maduro ao extremo, antes de tudo um caridoso como requer a boa prática, dar sem que outros vejam, a caridade verdadeira, onde a clandestinidade é virtude. Um excelente advogado, Procurador de Entidade Pública, homem de gabinete.

Temos o nosso “padre arrependido”, Pery, um homem de fé e de capacidade escondida, sem publicidades, humildade extremada como próprio dos sábios, “catado” por todos que conhecem seus dons - já que vive sem alardes de seus conhecimentos, profusos, difusos e enciclopédicos – para aconselhamento, antes de tudo um caridoso e generoso em toda sua vida, desde novo, e nisso o valor. Advogado e jurista versado.

Jorge, o “turquinho”, quieto em sua toca, data tempo, por vontade própria, da qual não se sabe como, conseguimos tirar, felizmente, para esses almoços, uma verdadeira “aleluia”, dizem todos, o que é prazeroso, exclusive quando acontece no Rio, quando diz precisar de passaporte para esse deslocamento. Não acompanha qualquer outra reunião ou evento, vive com sua trovas e poesias escritas, ensinando a contagem silábica para quem quer aprender no “Recanto da Letras” e em muitos outros sites por onde passeia. O computador integra sua vida hoje de forma integral, é muito bom que assim seja, enriquecedor como comunicação "lato sensu". Esse é um conhecimento desde meninos quando nossos pais se frequentavam. Ambos advogados, universidades que também cursamos.

Adjair, o “turcão”, homem de muitas facetas, especial assessor de alto nível em funções públicas, brindando os assessorados com sua invulgar inteligência, galvanizada e múltipla, com estratégias de largo espectro, hoje aposentado e na ativa (parar não é de seu feitio), promovendo e provendo associação de fiscais que preside, ajudando a todos, como recentemente na catástrofe das serras, em Bom Jardim, onde é nascido.

Nesse convívio não há moeda que possa pagar as alegrias vividas, somente as do coração, como na infância e na juventude, onde os “causus” são lembrados e servidos na largueza dos sorrisos, tudo com origem na franqueza e na sinceridade de ser e existir. Essa croniqueta é uma homenagem pueril a essa serena amizade.

QUE DURE MUITOS ANOS!!!

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 26/01/2011
Reeditado em 27/01/2011
Código do texto: T2753208
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