Confiança
É um sentimento que pode causar muito bem estar e satisfação, bem como muita dor e desilusão. Na verdade a vida se encarrega de nos tornar pessoas desconfiadas. A história da humanidade é pautada sobre difíceis momentos de confiança, e outros tantos de traição, de mentiras...
Mesmo pessoas que não têm propensão para tal estado de espírito, acabam deferindo golpes e nos magoando, nos ferindo, provando que simplesmente confiar em alguém, é de fato muito perigoso. Por essa quebra na confiança é que somos a geração pânico.
A gente sabe que na verdade de certa forma temos que mascarar tudo, pois precisamos de uma forma ou outra acabar confiando nas pessoas, em simples tarefas cotidianas, senão acabamos por enlouquecer completamente.
Muitos de nós cultiva uma pureza, que é divina, linda, perfeita, mas que pode ser fatal. Nossa vida atual, encarregou-se de roubar aquela candura onde se vê luz mesmo no meio da escuridão. Hoje somos obrigados a carregar conosco uma couraça de questionamentos e um senso de observação apurado, vivo e ativo. Pois o mesmo olhar de candura pode em milésimos de segundos se mostrar frio e impiedoso.
Tenho comigo um pensamento de que nossas gerações passadas, tinham consigo uma supervalorização de um ser confiável. A confiança era um valor instituído na família, passado de geração à geração, a força que tinha a palavra de um homem, qualquer pessoa em questão. Uma jura , um comprometimento verbal apenas, quando se dava a palavra, era como se o mesmo assinansse um documento.
Poder confiar em alguém, era o sinal para toda a sociedade da honrradez, da responsabilidade, e do peso que a palavra dessa pessoa tinha. E hoje?.............
Podemos rir, ironizar a palavra confiança, bem como na sua existência, pois foi sim extinta, não completamente, mas... quase, e está em completo desuso. O que é uma dó, pois a confiança gera convívio. O convívio gera crescimento, entendimento, alegria.
Como é importante para o ser humano confiar em outros seres humanos. Nós não somos ilhas. Não nascemos para vivermos sós, isolados. Sentimos necessidade diária de dividir experiências, dividir alegrias, tristezas. E para isso temos que confiar, nos sentir seguros, amparados com o outro. Confiantes de que teremos receptividade, compreensão e ajuda, apoio para nos desenvolvermos como pessoa.
Temos óbviamente que ter um entendimento, de que o ser humano é um ser falível, e bem por isso também temos que sabiamente entender que não podemos, como nada na vida, radicalizar. Sermos radicais ao ponto de desacreditarmos por completo na humanidade.Não podemos esquecer de que fomos criados a imagem e semelhança de Deus. Precisamos compreender o quanto perigoso é confiar essessivamente em si próprio. Nem sempre estamos certos.Por isso Deus permitiu ao homem que o mesmo tivesse outros seres de sua espécie, para conjecturar, discutir, conversar sobre o tudo que envolve a vida.
Somente um ser divinamente humano é perfeito. Jesus Cristo. Por ser divino e perfeito é que podemos e devemos ter nele a plena e total confiança. Nele podemos sim, nos entregar cegamente, sem medo, sem receios. Para vivermos com mais harmonia e equilíbrio devemos procurar ouvir a voz que clama em meio a nossas ruas tumultuadas, apinhadas de seres surdos. Pedir a Deus que ilumine a todos nós em nossas fraquezas e mediocridades é um ato de confiança no amor. Que o amor sempre reina e vence.
Confiar, desconfiando é precaução. E Deus nos quer cautelosos, observativos, para não morrermos pelas mãos de nossos inimigos, mas sim viver para os ajudar a encontrá-lo também.