Pensando sobre o dilúvio
Motivos:
De cara, a primeira contradição se encontra nos motivos. A bíblia mostra que deus deplorou ou se arrependeu de ter criados os homens e, isso já deveria ter ficado claro muito tempo antes. Assim, destruir a humanidade inteira seria completamente desnecessário tendo como alvo da questão a solução de problemas. (Genesis cap 6 vers 6)
Se o propósito era solução, essa deveria ter sido dada há dois mil anos antes do dilúvio, aproximadamente, quando sua primeira lei fora desobedecida. Pouparia sofrimento para os povos e diminuiria a matança por execução. Ao invés de um dilúvio global, uma piscina teria sido o suficiente para afogar Adão, Eva e a serpente.
Há os que argumentem que o objetivo do dilúvio não seria eliminar a raça inteira, mas apenas aqueles que não queriam fazer a vontade de deus. Tudo bem, partindo desse ponto obscuro, pare e pense: "Se você tem o poder de criar vida e dar a ela livre escolha dos seus próprios passos, por que tirá-la o privilégio por ti concedido após perceber que esta escolhera não te seguir?"
Além de tudo, com o poder seletivo de prever o futuro, deus logicamente saberia que, ao armazenar uma quantidade significativa de água acima dos céus (vide Gênesis cap 1, vers 7), ele já estaria prevendo uma destruição por águas. Qual seria a outra possibilidade? Estoque contra secas?
Outra, se o dilúvio serviria para purificar a população, por que nos dias de hoje esta não me parece purificada?
Só tratei aqui de motivos, mais adiante falarei de outros absurdos.
Faça a seguinte experiência:
1 - Uma folha de papel branco
2 - Um copo de vidro com água
3 - Uma lanterna
Direcione a luz entre a água do copo até a folha de papel.
Conclusão: Saiba que isso só ocorre por que deus fez um pacto com o homem de não destruí-lo com um dilúvio novamente. Nada a ver com a água separar as cores da luz da lanterna que, antes de se encontrarem com a água são várias cores unidas que parecem ser incolores ou brancas.
Em se tratando de modus operandi, por assim dizer. A operação arca de Noé seria um verdadeiro fracasso dadas as circunstâncias. Onde arranjariam tanto betume (alcatrão) para isolar as tábuas? Com que ferramentas preparariam a madeira? Quanto tempo levariam para construir um seguro meio de transporte com aquelas proporções com pouquíssima mão de obra inexperiente e não qualificada?
Falando dos animais, que nada tinham a ver com a ira do todo-poderoso, mas que, a essa altura, já estavam envolvidos até o pescoço (além dele). Existem hoje cerca de 1,5 milhões de espécies já catalogadas e estima-se que existam por volta de 10 a 50 milhões ao todo. Como Noé saberia como e onde encontrar e levar até sua embarcação sem diretrizes específicas? Instinto? Poderíamos ter herdado este extinto e nem precisaríamos estudar as espécies, já saberíamos quais são.
Conclusão: A estória foi criada com base em escritos antigos e, sem conhecimentos científicos, perdurou até demais. Não temos mais motivos para continuar a creditando cegamente em tudo que se fala. Mesmo que uma grande quantidade de pessoas ainda creia.