Um toque de carinho
Águida Hettwer
 
     Não há um conceito definido de beleza, um senso comum para justificar o amor, uma formula mágica para as afinidades pessoais. A quem acredite piamente em amor á primeira vista, creio num amor duradouro, recheado de cumplicidade, dueto de confidências, sem perder a individualidade.
 
  Tem gente, que chega tão mansamente, que eleva-nos o espírito, com sábias palavras, nos toca a alma com a ponta dos dedos, nos massageia o ego, sem mediocridade, nos faz perceber a dura realidade, de uma forma natural, sem sensacionalismo barato. Feito uma canção suave como plano de fundo.
 
   Ás vezes é preciso deixar ás máscaras trancafiadas no armário, na companhia dos “medos e bichos papões”, e reconhecermos o quanto somos pequenos neste mundo de Meu Deus! Frágeis almas em busca de evolução, tantas vezes cairemos, ralando o joelho ao chão, quanto suor ainda escorrerá pela face, e com sofreguidão recomeçaremos, tudo de novo.
 
   Há palavras que se calam para o bem comum. Olhares nos revelam tantas coisas, mãos traduzem tanto carinho que por muito tempo estaria escondido. Um toque de carinho remedia as feridas, calmante natural, estimulante sem igual. Acordam os sonhos moribundos, permite-nos a ver o universo com outros prismas.
 
   No amor, abrimos-nos feito rosa em botão, sem censura, parciais em polaridades, respeitando o individual de cada um. Afetos são indispensáveis em quaisquer relações. A vida e seus impulsos, as emoções regem o mundo.
   
 
 
25.01.2011