*** Formatura de Verão ***
Era dia 23 de janeiro de 2011. Pegamos o carro, eu, meu noivo, minha família. Dirigimo-nos rumo a São Paulo, Barra Funda.
Chegamos às 18:00 horas e estacionamos nosso carro. Ativamos o alarme, descemos. Logo ao longe avistamos minha prima, a formanda, seu namorado e um casal de amigos.
Pegamos suas lembrancinhas e as entregamos. Estas foram guardadas no carro. Saímos do estacionamento e caminhamos em direção ao Salão América.
Na entrada, bolsas foram verificadas e nossas máquinas fotográficas tiveram que serem deixadas na recepção.
Sentamo-nos nas cadeiras que ficavam no meio do salão. Acomodamo-nos e aguardamos o grande momento.
Havia um palhacinho muito engraçado. Ele tinha o cabelo no penteado moicano e conforme ele andava e pulava, seus cabelos seguiam o movimento. Ele não saia de perto de nós. Estava sempre ali para aprontar alguma palhaçada.
Teve músicas ao vivo, violinos, teclados, saxofones, coral... Tudo muito lindo.
O evento que daria início às 19:00 horas iniciou-se às 20:00 horas.
Estava tudo perfeito...
No meio do envento, um temporal começou e as pessoas ao nosso redor amedrontadas ficaram.
Trovoadas, raios...Enfim, muita chuva na grande Cidade. Minutos depois, olhei para a coluna e avistei pelo cano, grande quantidade de chuva caindo sem parar. E o pior: a energia acabou, mas graças a Deus havia um no-break.
Meu noivo e meus primos sairam para ver a situação em que a rua se encontrava. Qual a surpresa? Estava tudo inundado: carros cobertos de água. Grande catástrofe.
As pessoas já estavam saindo, pois seus veículos já estavam embaixo d'água.
Que desespero! Não tínhamos como ver nosso carro que havia ficado no estacionamento próximo ao salão, pois era impossível caminhar sob as águas.
Esperamos o evento acabar e a chuva amenizar. Despedimo-nos e corremos afim de uma saída de emergência.
Conseguimos sair e a multidão ao redor desesperada. Saímos naquela chuva, pisando sob poças d'água. Chegamos ao topo, o portão estava fechado. Novo desespero. Como sair?
As pessoas já haviam encontrado uma forma de sair daquele local: abriram uma das telas e assim como eles, passamo-nos por ela.
Andamos o mais rápido que pudemos! Após muitas poças, chegamo-nos ao estacionamento.
Graças a Deus encontramos nosso veículo em bom estado. Entramos e procuramos sair daquele local o mais rápido possível.
Mas... Ainda não estávamos livres.
Enfrentamos muitas enchentes e trânsitos até chegarmos em casa.
Percorremos inúmeras avenidas, ruas, voltamos várias vezes, a Marginal estava parada quase alagada, mas enfim, conseguimos chegar em nosso lar.
Ufa, que sufoco! É o que dá, Formatura de Verão!
by Merari Tavares