TEMPO
O que fazer diante desta ansiedade que nos assombra interiormente e mal sabemos no que dará? Ficamos a ermo... Indecisos, confundidos, perdidos...
Perdemos o tempo, contando com o tempo e acreditando que o tempo nos dará condições de seguirmos avante sem nenhum contratempo.
A carruagem segue enigmática diante dos desígnios da vida, quem deterá o tempo que nos resta diante da imensidão da vida e da obscura cortina que nos amedronta?
Nuvens dissipam nossos olhos, a frigidez da pele tenra, o olhar incompreensivo frente ao desconhecido e da negritude celestial que mais uma vez vem cumprir o seu papel diante desta nefasta humanidade.
O tempo por si retorna com o romper da aurora, e o orvalho por sua vez, nos encharca com as gotículas deixadas para que nossas almas não pereçam de sede.
A carruagem retorna imperiosa, precisamos prosseguir em buscas dos nossos alentos, sem nos dar conta que o tempo inexoravelmente não nos dará tempo de esperarmos por ele.
Só nos resta, dar tempo ao tempo para que ele encontre um tempo e dentro deste tempo consigamos nos eximir de qualquer desalento.