ESTRANHANDO O QUE É NORMAL

Ontem eu estava com um grupo de amigos, naquele bate-papo descomprometido, naquelas velhas conversas para relaxar e desopilar o fígado e preparar o espírito e o ânimo para começar tudo de novo e com mais energia no dia seguinte, quando veio um assunto à tona, que mereceu uma reflexão mais que especial de todos.

Alguém do grupo, citou que a nossa evolução como pessoa, seja no sentido pessoal, seja no sentido profissional, familiar, etc, requer que estejamos todo o tempo “ESTRANHANDO O QUE É NORMAL”. Sim, estranhando o que é normal. Estranho sim. Mas uma necessidade social, individual, humana.

É que a gente vai se acostumando, no dia-a-dia vamo-nos habituando com as coisas erradas e passamos a considerar o errado, o anormal, como certo, como normal. Se vimos um ônibus lotado, faltando espaços e uma porção de gente de pé, já não estranhamos, porque já nos parece normal. Se ficamos uma hora na fila do Banco, também já consideramos normal. Se vamos pela rua e vimos uma porção de crianças pedintes, famintas, sujas, já encaramos como normal, pois, vimos isto todo dia, em todos os lugares.

Então, precisamos sim ser questionadores. Não necessariamente nas ações.Que seja no pensamento, que seja na reflexão. É sim necessário que passemos todo instante, onde quer que estejamos - seja no banco, na praça, no bar ou no sofá da sala – estranhando tudo aquilo que já nos parece normal. É meio que como voltar aos tempos de criança, quando ficávamos a todo instante questionando tudo com a velha e chata pergunta: PORQUE??

Estamos nos acostumando facilmente com as coisas anormais. Precisamos estranhar mais, até o que, a princípio, já nos parece normal. A evolução do homem se faz através do questionamento, até e principalmente do que é normal.
Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 20/01/2011
Reeditado em 22/01/2011
Código do texto: T2741128
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